Zalazar foi a melhor unidade do SC Braga - Foto: Rogério Ferreira/Kapta +
Zalazar foi a melhor unidade do SC Braga - Foto: Rogério Ferreira/Kapta +

Zalazar serviu champanhe, mas a ressaca chegou cedo demais: as notas do SC Braga

Bracarenses apresentaram-se em grande nível na primeira parte, mas perderam gás na segunda. A mobilidade de Pau Victor e de Víctor Goméz confundiu as marcações do Benfica, mas os clássicos equívocos defensivos impediram o assalto ao quarto lugar
O melhor em campo: Rodrigo Zalazar (8)
Fantasia pura. Deambulou pelos três corredores com o mesmo perfume, mas foi descaído pela esquerda que criou mais perigo na primeira parte. O cruzamento delicioso com o pé direito convidou ao cabeceamento do médio costa-marfinense no coração da grande área, que encontrou a mão de Dahl, aos 36’. Na marcação do penálti, Zalazar não tremeu e restabeleceu a justiça no marcador. Em cima do intervalo, voltou a espalhar magia ao trocar as voltas a Dahl no lance da reviravolta bracarense. Na segunda parte, instalou-se no corredor direito, onde fez a cabeça em água continuamente ao lateral sueco. O atrevimento característico fez a diferença numa fase de maior fulgor do SC Braga, com duas arrancadas fenomenais aos 51’ e aos 56’, que pediam melhor sequência na área. Esclarecido, atrevido e eficaz.

(6) Hornicek — Foi um mero espetador na primeira parte parte e um porto de abrigo na segunda. Segurou o empate com três defesas de alto nível a remates de Tomás Araújo (56'), Dahl (70') e Ríos (74'). Sem responsabilidade nos golos do Benfica.

(5) Víctor Goméz — A arrancada aos 6' que só não deu golo porque não encontrou parceiro de loucura demonstrou que não era um defesa central clássico. O atrevimento custou caro, quando perdeu a bola e deu origem ao lance do golo de Aursnes, aos 53'.

(5) Vitor Carvalho — Os patrões também têm deslizes. Condicionou Pavlidis do primeiro ao ao último minuto. Aos 50' permitiu que recebesse a bola na área, mas respondeu com um grande corte. Perdeu a bola aos 74' num lance que terminou com um remate certeiro de Dahl, mas o lance foi anulado por falta de Richard Ríos.

(5) Arrey-Mbi — Foi um dos lançadores primordiais do jogo direto dos bracarenses com passes longos para as costas da defesa encarnada. Apático a defender o livre direto que deu origem ao golo de Otamendi. Sentiu mais dificuldades na segunda parte, face ao aumento do volume ofensivo adversário.

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(5) Dorgeles — Descaracterizado à direita, pecou pela inconsistência do desempenho. Os momentos de maior brilhantismo surgiram quando pisou terrenos mais centrais. Podia ter sido feliz aos 28', mas não conseguiu rematar, após recuperar a bola em zona subida Dez minutos depois, foi bem mais incisivo ao aparecer no centro da grande área em posição privilegiada para visar a baliza de Trubin. O desvio do esférico na mão de Dahl precipitou penálti que restaebeleceu empate no marcador.

(6) Gorby — Um autêntico polvo na segunda parte, estancou as escassas tentativas de construção do Benfica. O atrevimento de Víctor Goméz precipitou que recuasse para o trio de centrais para manter o equilíbrio defensivo.

(6) João Moutinho— Podia ter sido o primeiro herói da partida aos 7', mas rematou por cima, após antecipar-se a Aursnes. A intranquilidade que culminou num cartão amarelo por preotestos, após o golo do contrastou com a serenidade que transbordou na pior fase do SC Braga na partida.

(4) Leonardo Lelo — Foi essencial no plano ofensivo, tanto na largura como por dentro, mas foi traído pelo desempenho defensivo. O ala esquerdo cometeu a falta que deu origem ao golo de Otamendi aos 30'. Na segunda parte, a demora na recuperou defensiva deixou Aursnes livre para atirar a contar.

(5) Ricardo Horta — Um autêntico vagabundo sem posição definida, obrigou Trubin a descer ao relvado para rubricar uma defesa apertada aos 7', com um remate em vólei. Oito minutos depois, desmarcou Lelo com um passe delicioso de calcanhar. Ainda festejou aos 19', mas o golo foi anulado, por ter sido precedido de falta sobre Otamendi. Desceu de rendimento ao longo da partida, à medida que os bracarenses foram recuando linhas. Voltou a subir de nível nos últimos minutos, mas saiu de campo antes do apito final, após ter sido expulso pela segunda vez na carreira aos aos 90+3'. Travou , ainda assim, incursão perigosa de Prestianni numa fase crítica do jogo.

(7) Pau Víctor— A mobilidade fez a diferença. Confundiu marcações e criou espaço para os compaheiros de ataque aproveitarem.. Se aos 36', marcou, mas foi apanhado em posição irregular, aos 45+1' foi feliz (e de que maneira). O avançado espanhol, na sequência de uma perda de bola displicente de Ríos na grande área, ludibriou Tomás Araújo e Otamendi, antes de desferir um remate com morada no fundo das redes da baliza de Trubin. Frio no momento certo, perdeu gás na segunda parte.

(5) Fran Navarro — Entrou para ser uma dor de cabeça constante para os centrais das águias, mas foi presa fácil.

(6) Grillitsch — Foi um dos responsáveis pela subida de rendimento dos bracarenses nos minutos finais. Podia ter protagonizado o canto do cisne bracarense, mas o selo do golo que o cruzamento que desferiu foi neutralizado por Otamendi.

(5) Gabri Martinez — Entrou para explorar a profundidade, mas não teve impacto.

(5) Gabriel Moscardo — Refrescou o miolo, não comprometeu, mas também não deixou marca.

(-) Paulo Oliveira— Entrou no nos minutos finais na sequência da expulsão de Ricardo Horta.