Pavlidis foi ponta de lança e sobretudo apoio aos que apareciam a fazer de pontas de lança no SC Braga-Benfica (2-2) da 16.ª jornada da Liga Betclic 2025/2026. Foto Ricardo Ferreira/KAPTA+
Pavlidis foi ponta de lança e sobretudo apoio aos que apareciam a fazer de pontas de lança no SC Braga-Benfica (2-2) da 16.ª jornada da Liga Betclic 2025/2026. Foto Ricardo Ferreira/KAPTA+

Foram todos obrigados a voltar e apagar a imagem da primeira parte (as notas dos jogadores do Benfica)

Primeira parte podia ter deitado tudo a perder, e certamente deitou alguma coisa. Na segunda Mourinho insistiu nos mesmos onze mas ter-lhes-á explicado melhor o que fazer. Golaço de Aursnes e Pavlidis um furo acima dos outros em missão bem ingrata
A figura do Benfica: Pavlidis (7)
Faltou-lhe o golo para coroar mais uma ótima exibição na frente de ataque encarnada. Quer dizer, ele marcou, mas não valou porque estava em posição de fora de jogo. Passou a primeira parte quase toda a ver jogar, mas nas duas vexzes em que apanhou a jeito esboçou reações do Benfica ao melhor Braga que andava pelo campo. Na segunda entrou logo a ameaçar na área e decidiu assumir de vez as descidas ao meio-campo e as receções de costas para a baliza, servindo os colegas que agora sim, finalmente, lhe iam aparecendo nas imediações. No meio de múltiplos movimentos destes que ajudaram à supremacia encarnada, serviu Aursnes para o golaço da noite, tabelou com Tomás Araújo e o defesa quase marcou aos 56 minutos e aos 70 quase conseguia servir Dahl para mais um tento dos visitantes.

5 Trubin Com nada a fazer nos golos sofridos que contaram, poderia contudo ter feito algo mais no que foi anulado ao SC Braga logo aos 18 minutos. Em compensação, teria sido o garante do empate se Grillitsch não estivesse fora de jogo aos 85 minutos. Que defesa! De resto, poucas intervenções, sobretudo na segunda parte.

6 DedicNo descalabro da primeira parte estava a ser o elemento-mais do Benfica, capaz de carrilar minimamente o jogo pela direita. Muito atento aos 15 minutos, a cortar um livre traiçoeiro de Ricardo Horta, e aos 27, a dobrar um dos erros de Dahl lá do lado contrário ao dele. Manteve o balanceamento ofensivo no segundo tempo, aqui já com mais companhia.

6 Tomás AraújoViu cartão amarelo muito cedo, logo à passagem do quarto de hora, mas isso não o condicionou no trabalho que realizou ao longo de todo o jogo, limpando com assertividade a área na maioria das ocasiões. Esteve, como três quartos da defesa, menos bem no segundo golo bracarense e na segunda parte ia conseguindo redimir-se, quando tabelou com Pavlidis e obrigou Hornicek a grande defesa.

6 OtamendiA autoridade habitual na larguíssima maioria dos momentos, com exceção do segundo golo bracarense, quando foi à queima ser fintado por Pau Victor em plena pequena área. Como já tanto tem sucedido, fez de meia oportunidade um golo e colocou o Benfica a ganhar com o enésimo cabeceamento fulgurante da carreira, respondendo a livre de Sudakov. Aos 89 marcou outro golo através de um corte sublime junto à baliza encarnada.

4 Dahl É certo que melhorou no segundo tempo, teve menos oscilações defensivas, rematou com perigo aos 70 minutos e aos 74 chegou a mesmo a marcar, só que não valeu. Na primeira parte, porém, acumulou um conjunto de equívocos, posicionais e de abordagem aos lances, que criou calafrios quanto baste ao Benfica e originou dois erros fatais: o penálti do empate e a facilidade com que foi ultrapassado por Zalazar no segundo golo bracarense. Noite para esquecer... ou não.

5 BarrenecheaFoi tentando, sem grande sucesso, colocar lucidez no processo defensivo encarnado durante a primeira parte, mas também ele foi apanhado na teia de adversários que rodopiavam pelo meio-campo, baralhavam marcações e zonas de pressão e dificultavam, ainda, a saída para o ataque. Neste particular Barrenechea melhorou, como todos, durante a segunda metade e no capítulo da agressividade positiva ainda respirava saúde na reta final do encontro.

5 RíosFoi, além de Dedic, o homem que deitou mão ao jogo para arrumar melhor a casa, ainda na primeira parte. Aos 40 minutos já tinha dois remates, algo que tentaria mais vezes, sem êxito, até final. No arranque do período de compensação da primeira metade, o erro capital, ao não aliviar o cruzamento de Zalazar que lhe foi parar aos pés, perdendo para Pau Víctor, que ultrapassaria Tomás Araújo e Otamendi antes de bater Trubin.

7 AursnesDe menos a mais, como a generalidade dos colegas, sendo que o menos de Aursnes dificilmente não fica acima da mediana da amostra e o mais facilmente se coloca na extremidade direita da escala de valores. Atento às dobras, como sempre, foi algo passivo na forma como deixou Zalazar cruzar para o cabeceamento de Dorgeles que acabou na mão de Dahl. Aos 53 minutos teve o melhor momento do jogo — que golaço em remate colocadíssimo da entrada da área! — e aos 80 perdeu a oportunidade de ser o herói encarnado quando falhou, de pé esquerdo, dentro da área, um 3-2 que parecia fácil.

4 Leandro BarreiroMuito apagado, perdido na maior parte dos momentos do jogo, incapaz de protagonizar as aproximações habituais ao ponta de lança que tantos problemas já têm solucionado ao Benfica. Também foi obrigado a voltar para jogo, mas acabou naturalmente por ser um dos dois substituídos por Mourinho na hora do tudo ou nada.

6 SudakovMarcou o livre que deu o 1-0, iniciou o contra-ataque para o 2-2 e voltou a estar brilhante aos 66 minutos, na jogada de um dos golos anulados. Na segunda parte desprendeu-se da esquerda, atacou mais o meio e dá a sensação de que o Benfica ganha algo em tê-lo em zona mais criativa. Também saiu.

4 IvanovicPosicionou-se na esquerda, mas não foi a tempo de entrar verdadeiramente no jogo.

5 PrestianniAo contrário de Ivanovic, deu vivacidade ao último fôlego encarnado, jogando atrás de Pavlidis a partir dos 79 minutos.

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