Vitinha diz que ficará muito feliz se um dia voltar a estar na corrida, mas garante que não se sente injustiçado quando as grandes estrelas ganham. Médio do PSG e da Seleção é Figura do Ano para A BOLA

Vitinha: «Se voltar a estar na luta pela Bola de Ouro fico feliz, ganhá-la será um sonho»

Pode ‘um Vitinha’ ganhar o maior prémio individual para um futebolista? Ou continuará o jogo a preferir os desequilibradores, os que marcam golos, aqueles que trazem mais magia e fantasia, reduzindo as hipóteses de jogadores com o seu perfil?

— É também uma boa questão. Já aconteceu noutros anos serem médios a ganhar a Bola de Ouro, como Modric e Rodri. Ou Iniesta, que para mim deveria ter uma Bola de Ouro…

— Ou o ‘Xaviniesta’…

— Ou o Xaviniesta, mas não vamos entrar por aí. É sempre muito relativo. Não vou ficar triste, amargurado ou desiludido se eu ou qualquer médio, qualquer jogador da minha posição que esteja muito bem e que mereça estar ali na luta por esses prémios individuais, não ganhar. É natural. Percebo que os jogadores que marcam golos, que finalizam as jogadas e são mais impactantes, os jogadores mais ofensivos e que passam... Eu sou médio e, quando era miúdo, também gostava de os ver. Gostava de ver o Cristiano, de ver o Messi, gostava de ver esses jogadores que provocavam esse impacto, porque é normal e natural. Por isso, nunca vou ficar triste ou com sensação de injustiça se isso acontecer, porque também o merecem. Agora, ficaria muito feliz se eu ou qualquer outro médio que o mereça fosse Bola de Ouro. Claro que sim. Depois, temos de entrar por outras posições, porque há 10, 15, 20 anos olhávamos para os defesas e os defesas defendiam, não tinham como objetivo marcar golos. O futebol evoluiu. O Nuno e o Hakimi são quase extremos. Depois, no processo defensivo, defendem como toda a gente, mas estão ali presentes, um bocadinho mais à frente, a pressionar. E na forma como atacamos, muitas vezes até estou eu ou outro médio mais atrás, e eles estão já projetados. Por isso, também têm as participações que têm em golos e assistências. Ou seja, não mereciam eles também estar nesta conversa? É difícil! É difícil dizer algo com muita objetividade. É sempre muito subjetivo. Mas ficaria muito feliz se um dia estivesse de novo na luta pela Bola de Ouro… E se a ganhasse, então seria um sonho.

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