Os sinais de Diogo Jota e as substituições: tudo o que disse Roberto Martínez
O Rúben Neves marca o golo da vitória com a camisola 21 do Diogo Jota. Como encara isto?
São sinais de felicidade. Já tivemos isso durante o estágio de setembro, quando marcámos ao minuto 21, contra a Hungria sofremos ao minuto 21 e, hoje, o Rúben Neves marca com a garra, a inteligência e a chegada na área do nosso Diogo Jota. É um sinal, uma alegria, sentir que o Diogo está com a Seleção, mas também é uma responsabilidade lutar pelo sonho do Diogo Jota, que é o sonho de todos.
Não sentiu necessidade de colocar o Gonçalo Ramos mais cedo?
Não era preciso um ponta de lança, era preciso o último passe e paciência para procurar o espaço. Na primeira parte, faltou rapidez na condução da bola, queríamos marcar cedo, mas os jogos nem sempre correm como esperamos. Ainda assim, mostrámos os valores da equipa, marcámos e ganhámos. Uma vitória difícil, bem trabalhada, mas merecida.
Em vez de Leão, não fazia mais sentido meter Conceição ou Pedro Gonçalves? Portugal abusou dos passes picados?
Rafael Leão é um ala que dá largura, profundidade e procura o um contra um. O Conceição não joga na ala esquerda, o Pote joga por dentro… são perfis diferentes. O aspeto tático faz parte do equilíbrio, mas a execução foi o problema, não o esquema tático.
Sobre a substituição ao intervalo com Renato Veiga, foi para procurar mais caudal ofensivo?
Gonçalo Inácio é importante para nós. Hoje saiu ao intervalo porque sofreu uma pancada no gémeo e não estava a 100%. Não precisávamos de arriscar e, por isso, entrou o Renato Veiga, que entrou muito bem. Fiquei muito contente.
O que o fez mudar Pedro Neto e Bernardo Silva de alas?
Foi para procurar melhor o espaço. A Irlanda era assimétrica na estrutura defensiva. Faria sentido ter o Pedro Neto pela esquerda e abrir o espaço, com o Diogo Dalot por fora e o Bernardo Silva por dentro.
Lesão de Inácio é grave? Número de cruzamentos foi consequência da lenta circulação de bola?
Sobre o Gonçalo Inácio, não é um problema de mais de 48 horas e o próximo jogo é em 72h. Vamos ver, mas não é grave. Sobre os cruzamentos, não foi estratégia, mas faltou usar largura do campo para abrir espaços. Tivemos superioridade no meio, tentámos explorar isso, mas ajudou a Irlanda a defender.
Trincão começa a reclamar mais minutos na Seleção Nacional?
O importante é mostrar em campo que é fundamental para ganhar jogos e o Trincão está a fazer isso há vários estágios. Hoje, era mais indicado para o Bernardo ser titular, outro dia pode ser para o Trincão. Ter o Trincão ao nível em que está é importante, é um dos melhores na Europa no seu perfil.