Martínez: «Faltou marcar mais cedo, mas jogo sem bola foi muito bom»

Roberto Martínez, selecionador nacional, em declarações na zona de entrevistas rápidas da RTP, após a vitória de Portugal sobre a Irlanda, em jogo da 3.ª jornada da fase de apuramento para o Mundial.

- Foi o jogo que esperávamos. A Irlanda é melhor do que mostrou no estágio em setembro e chegava como uma equipa ferida, por isso tínhamos previsto uma reação. Mas o importante era não ficarmos ansiosos, permitir um contra-ataque ou sofrer em bola parada. Mas eles não tiveram um remate difícil em todo o jogo. Faltou-nos marcar o primeiro golo mais cedo, mas o jogo sem bola foi muito bom. Gostei dos valores da equipa, não perdemos o controlo. Foi uma vitória muito trabalhada e merecida.

- Na primeira parte Portugal fez mais de 15 cruzamentos. Era essa a estratégia para o jogo?

- Não tínhamos a estratégia de fazer cruzamentos, mas fazer o passe certo e não permitir transições à Irlanda. Faltou utilizar mais a largura para encontrar espaço entre linhas. Eles tinham 11 jogadores no último terço. Já fizemos isto muito melhor do que neste jogo, mas hoje faltou um passe virtuoso para encontrar o golo mais cedo. Podemos usar os jogadores como o Bruno Fernandes ou o Bernardo Silva por dentro. Na 2.ª parte ajudou ter o Pedro Neto na esquerda. Mas no geral, a equipa nunca perdeu o controlo, teve muito coração e cabeça também.

- Os jogadores que vieram do banco foram muito importantes para dar nova energia.

- Sim. Isso é muito importante. Já falei disso durante o Europeu. Não terminávamos os jogos mais fortes do que começávamos, o que mudou durante a Liga das Nações. Agora, sabemos começar bem, mas terminámos com muita energia, força e inteligência. Porque os jogadores não entram só com o coração, mas com ideias muito claras. Isso dá-nos consistência. Foi isso que fez com que conseguíssemos entrar com três vitórias, o que não é fácil.

- A vitória é conseguida com um golo à Diogo Jota. Foi mais especial?

- Sim. A força do Diogo está sempre connosco, é uma oportunidade para continuar com o sonho dele, que é o nosso sonho.