Sporting: o que disse Rui Borges aos jogadores depois do puxão de orelhas
O Sporting tinha acabado de ganhar mas Rui Borges estava com cara de poucos amigos, chateado como no fim de um jogo com mau resultado. O estado de espírito do treinador era justificado pela exibição, o único encontro de que não gostou desde que chegou a Alvalade no dia 26 de dezembro de 2024. O discurso, na ideia de Borges, foi para ter efeito preventivo e já ontem voltou a falar ao grupo, mas desta vez com registo motivador, acreditando numa boa resposta já na quarta-feira com o Nápoles.
«Os primeiros 25/30 minutos foram bons (…). Mas na segunda parte fomos apáticos, com falta de intensidade, sem estarmos proativos e a equipa deixou adormecer o jogo. (…) Mas que sirva de exemplo para o futuro. Foi o único jogo de que não gostei da nossa equipa. Fomos incapazes, a atitude competitiva tinha de estar acima da média e não fomos capazes», assim falou Rui Borges no final do 1-0 na Amoreira, jogo da 7.ª jornada.
Mas as críticas do treinador do Sporting foram mais além. «É complicado justificar... o cansaço, não quero pensar que tenha sido sobre o jogo de quarta-feira e é algo que não pode acontecer. Fizemos o que havia para fazer para ganhar, mas devíamos ter feito mais, porque no futuro podemos passar mal. Mais do que encontrar as razões é cada um fazer uma retrospetiva do que foi feito», pediu Rui Borges.
Pois os leões tiveram a noite para pensar nas palavras do técnico, que na manhã de ontem orientou treino na Academia Cristiano Ronaldo e as palavras que dirigiu ao grupo, depois do puxão de orelhas da noite anterior, foram já de motivação, acreditando numa boa resposta no encontro da UEFA Champions League. Um jogo de nível de exigência suprema, onde todos têm de estar no máximo, como Rui Borges pediu no sábado. «Todos têm de estar no máximo e se faltar energia vão jogar outros. Confio em todos mas se tiver de mudar 9 ou 10 jogadores mudo sem problema. Temos de estar sempre no nosso máximo. Hoje [sábado] chegou mas no futuro pode não chegar», avisou o treinador, reforçando que «atitude competitiva não pode faltar». «Tinha de ser maior mas que sirva de exemplo para o futuro», concluiu.
Recado dado ao grupo na noite de sábado, página virada ontem de manhã em Alcochete para encarar o jogo com o Nápoles com atitude competitiva em alta. Para o encontro com os italianos, Rui Borges já vai poder contar com Diomande, que não joga desde 8 de agosto, dia do 2-0 ao Casa Pia na jornada 1.
Lesão muscular afastou o central dos últimos sete jogos mas agora para a Champions só não entram nas contas os lesionados de longa duração, Nuno Santos e Bragança.
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