Rui Borges diz que faltou alguma atitude na segunda parte - Foto: Miguel Nunes

O melhor campo, lesão de Suárez e um aviso sério: tudo o que disse Rui Borges

Treinador admite que foi o jogo que menos gostou, sobretudo a segunda parte, destaca Maxi Araújo como o melhor em campo, elogios a Alisson e um desabafo: «Se tiver de trocar 9 ou 10 jogadores troco... sem problema»

- Após um excelente início de jogo esperava um final diferente? 
- Os primeiros 25/30 minutos foram bons, intensos, competitivos, variação longa, jogo de largura, mas depois entrou-se no exagero do facilitismo, muito jogo interior, com perdas de bola... É certo que ao longo dos 90 minutos, o Estoril tem um lance de perigo, não criaram muitas ocasiões, mas procuramos chamar à atenção da equipa ao intervalo. Mas na segunda parte fomos apáticos, com falta de intensidade, sem estarmos proativos no jogo, e a equipa deixou adormecer o jogo. Notou –se alguma energia. Mas que sirva de exemplo para o futuro. Foi o único jogo que não gostei da nossa equipa. Fomos incapazes, a atitude competitiva tinha se estar acima da média e não fomos capazes.

- Luis Súarez voltou a marcar e ser decisivo. Já faz esquecer Gyokeres? 
- Tem dado uma boa resposta, assim como o Fotis (Ioannidis). Sobre o passado não vou falar e só penso no presente. Fez um belissímo jogo, tal como o Geny, Alisson... 

- Suárez esteve a falar com o médico no final. Há algum problema físico? 
- Saiu por opção, sofreu ali um toque no pé, sentiu algum desconforto, mas creio que não é nada de especial... 

- Lançou um onze sem grandes alterações... quais as razões que encontra para a apatia de que falou? 
- É complicado justificar... o cansaço, não quero pensar que tenha sido sobre o jogo de quarta-feira e é algo que não pode acontecer. Fizemos o que havia para fazer para ganhar, mas devíamos ter feito mais porque no futuro podemos passar mal. Mais do que encontrar as razões é cada um fazer uma retrospetiva do que foi feito. 

Rui Borges deixou muito avisos ao plantel após a vitória na Amoreira - Foto: Miguel Nunes

- Mas o calendário vai apertar... está preocupado? 
- O exemplo está logo aí. Perceber que todos têm de estar no máximo e se faltar energia vão jogar outros. Confio em todos. Se tiver de mudar 9 ou 10 jogadores mudo sem problema. Temos de estar sempre no nosso máximo. Hoje chegou mas no futuro pode não chegar. 

 - Agora vem aí o SC Braga. Pode prometer uma imagem diferente? 
- Prometo trabalho. Sei que não vamos jogar sempre bem, mas a atitude tem de estar lá sempre e hoje faltou um pouco. Não vamos ter sempre a mesma qualidade, mas a atitude competitiva não pode faltar. Tinha de ser maior mas que sirva de exemplo para o futuro.

- Maxi Araújo regressou ao onze. O que a equipa ganha com o seu regresso? 
- Para mim foi o melhor do Sporting, na minha análise. É competitivo, com uma energia própria, contagiante para fora e para dentro, um grande jogo ao nível que tem demonstrado. Felizmente também temos o Mangas, Matheus Reis, mas o Maxi habitou a um patamar de exigência grande e voltou a tê-lo. A terminar gostava de enviar um agradecimento dos adeptos, deixa-me muito feliz assistir a todo este apoio, é bom chegar aqui e ver que estão todos a correr atras do mesmo. 

- Alisson voltou a entrar nos últimos minutos e agitou com o jogo em dia de aniversário. Pergunto-lhe se tem sido o jogador que mais o tem surpreendido nas últimas semanas pelo crescimento que tem tido? 
- Não fico surpreendido. Identificámos nele o que tem vindo a mostrar mas no seu crescimento era importante ver de onde e para onde vinha. Precisava de tempo de adaptação, de um grau de exigência maior, não é o jogo que faz que me deixa mais feliz, mas ver que está a crescer no entendimento do jogo, perceber que está no Sporting, no campeão nacional, num contexto diferente. Não tenho dúvidas de que terá um futuro muito bom no Sporting

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