Pedro Henriques analisa a arbitragem do Estoril-Sporting

12' — O golo do Sporting que foi validado, esteve em análise por eventual fora de jogo. No momento em que Luís Suárez rematou, Pedro Gonçalves estava em fora de jogo posicional, na frente e a uma distância de três metros do guarda redes estorilista, Joel Robles, ou seja, muitíssimo perto. Embora a lei 11, fora de jogo, na página 103, fale que para ser punido um adversário nestas circunstâncias, é preciso que obstrua claramente a linha de visão, e esta palavra «claramente» é suscetível de opiniões diferentes na sua interpretação, para mim, este golo deveria ter sido invalidado, por fora de jogo, porque o posicionamento de Pedro Gonçalves, na frente do Robles e a distância tao curta, entra na minha interpretação do interferir com o adversário. Em nota de rodapé: fui dos que no jogo entre Sporting e Benfica, no golo anulado a Di María, por fora de jogo posicional de Tengsted, dei como boa a intervenção do VAR, porque entendo que estes posicionamentos na frente dos guarda redes e a distâncias curtas dos mesmos tem claro impacto e interferência, quer na ação quer na visão.

26' — Patrick de Paula quando está em disputa de bola com Trincão, com ambos ainda de pé, toca e interseta a bola, depois quando o avançado leonino cai, o médio brasileiro estorilista ao apoiar o seu pé direito no chão, de forma normal, sem intenção e de forma inadvertida, acaba por pisar com a ponta do pé direito o braço esquerdo do avançado leonino. Lance que sob o ponto de vista disciplinar, foi bem decidido, pois não havia motivo para qualquer sanção disciplinar.

45' — Foram dados três minutos de tempo extra, recuperação de tempo perdido, em função do golo que esteve em análise VAR, por eventual fora de jogo, e pela assistência por lesão e substituição de Ricard SÁnchez. Contagem do tempo foi correta.

45+2' — Lance de difícil análise na área do sporting. Morten Hjulmand com as mãos primeiro, agarra a camisola e depois empurra e desequilibra Felix Bacher, indo  o jogador do Estoril dessa forma contra Maxi Araújo, que estando na frente a saltar e a cabecear a bola, acaba por fazer um movimento, não natural e desnecessário com o braço direito para trás, acertando desta forma em cheio na cara do defesa austríaco dos canarinhos. De destacar que o outro braço, o esquerdo está aberto e não faz nenhum movimento para trás, ao contrário do direito que veio para trás, e com a mão fechada o que potencia ainda mais o impacto e o contacto. Em movimento normal sobram muitas dúvidas, quer em relação ao empurrão, quer em relação ao movimento do braço na cara, daí perceber-se a interpretação do árbitro em nada assinalar, contudo com as diversas repetições e em camara lenta fica mesmo a certeza que há infração para pontapé de penálti. Só mesmo com a ajuda do VAR seria possível ter resolvido esta situação.

48' — Cartão amarelo bem mostrado a Patrick de Paula que ao falhar a entrada à bola, após ele próprio a ter adiantado e perdido o controle, acabou por, com o seu pé direito pisar de sola e com os pitons o pé esquerdo de Luís Suárez. Decisão disciplinar correta por entrada negligente.

62' — Cartão amarelo bem mostrado a Alejandro Marqués que ao ter ficado muito perto do local onde ia ser batido um livre contra o Estoril, acabou por impedir a marcação do mesmo, quando esticou a sua perna esquerda e intersetou a bola. Não respeitou a distância, sanção disciplinar correta.

64' — Amarelo a Morten Hjulmand foi uma boa decisão disciplinar pois com ambas as mãos e por trás agarrou e puxou de forma ostensiva e deliberada Rafik Guitane.

85'— Amarelo a Geny Catamo, na ocasião com o seu pé esquerdo apôs fazer um tacle deslizante acabou por tocar e rasteirar, o pé esquerdo de Fabrício Garcia.

86' — O cartão amarelo mostrado a Yanis Begraoui, foi porque o arbitro considerou entrada lateral dura e negligente sobre Ivan Fresneda. Pé esquerdo no pé direito.

89' — Pedro Carvalho agarrou de forma deliberada e ostensiva e persistente Alisson Santos quando este escapa em transição rápida pelo corredor esquerdo do ataque leonino. Uma sanção disciplinar que se enquadra nas chamadas faltas táticas. Cartão amarelo bem mostrado.

90' — Foram dados quatro minutos de tempo extra, recuperação de tempo perdido, mas que foram escassos para as incidências do segundo tempo. Seis amarelos e quatro paragens para substituições onde entraram sete jogadores no total.