Mário Gomes, ao centro, num desconto de tempo       Fotografia FPB
Mário Gomes, ao centro, num desconto de tempo Fotografia FPB

Mário Gomes: «Não faltou atitude ou vontade de ganhar»

Selecionador nacional e Rafael Lisboa deram as suas visões do que fez a diferença na vitória da Grécia ante Portugal em Matosinhos, na 2.º jornada do Grupo B da Primeira Ronda de Qualificação para o Mundial de 2027

Depois de Portugal ter perdido por 68-76 (17-24, 19-13, 13-19, 19-20) no jogo a contar para a 2.ª jornada do Grupo B da Primeira Ronda de Qualificação para o Mundial de 2027, realizado, este domingo, no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, não difícil para o selecionador nacional encontrar a explicação do primeiro desaire dos Linces, que deixa o adversário invicto no comando da poule onde passam os três primeiros.

«Disse aos jogadores pela manhã que não tínhamos obrigação alguma de ganhar à Grécia, apenas a obrigação de dar o máximo e de tentar ganhar. E nós fizemo-lo, apesar do grau de dificuldade do jogo. Não tenho nada a apontar aos jogadores, até porque todos temos razões para achar que nos podemos bater com as melhores equipas europeias ou mundiais e que, num bom dia, até lhes poderemos ganhar», começou por referir Gomes no confronto contra o 3.º classificado no EuroBasket-2025, onde a Seleção foi 15.ª.

«Não faltou atitude ou vontade de ganhar, pelo contrário. Por alguma razão a Grécia mudou três jogadores do último encontro, sinal do respeito que esta seleção já conquistou.

Só tivemos um treino entre a partida de quinta-feira e a de hoje, o que não nos permitiu preparar melhor o lado defensivo, sendo a partir dessas nossas falhas, em especial nas defesas aos bloqueios da bola, que ele nos castigaram, incluindo com triplos.»

«Na 2.ª parte, faltou capacidade para jogar mais coletivamente, em função do aumento da agressividade defensiva dos gregos. Isso retirou-nos a possibilidade de fazer chegar a bola em melhores condições, para termos melhores lançamentos, apesar de termos tentado simplificar os processos.»

«Claro que há sempre coisas que podemos melhorar e hoje a Grécia castigou-nos em todas as nossas falhas, algumas das quais queremos e podemos evitar, mas também houve mérito deles, simplesmente uma equipa do topo europeu e mundial. Os objetivos que temos traçados passam por passar à 2.ª fase de apuramento e obter o maior número de vitórias possíveis, porque isso conta para a fase a seguir. Estamos na luta», concluiu o técnico.

 Já o base Rafael Lisboa, um dos melhores em campo, a par de Travante Williams, não teve opinião muito diferente. «Acho que fizemos um bom jogo, como sempre com grande carácter, mas no final foram os detalhes que marcaram a diferença. Não ganhámos por detalhes. A partida ficou muito física na 2.ª parte, muito por força do aumento da agressividade dos gregos, que conseguiram alguns lançamentos livres no fim e ganhar.»

 Note-se que no historial dos seis confrontos entre os dois países, a Grécia, 13.ª do ranking da FIBA (8.ª Europeia) venceu sempre Portugal, que ocupa a 47.ª posição (25.ª).