Portugal não resiste à pressão em Matosinhos
Numa partida que registou apenas uma igualdade (40-40) e os Linces tiveram a última liderança no arranque da 2.ª parte (38-37), algo que não conseguiam desde os 13-12, Portugal foi batido pela Grécia por 68-76 (17-24, 19-13, 13-19, 19-20) no confronto a contar para a 2.ª jornada do Grupo B da Primeira Ronda de Qualificação para o Mundial de 2027, disputado, este domingo, no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos.
Com este resultado, o conjunto liderado por Mário Gomes perdeu a invencibilidade após, na quinta-feira, ter levado a melhor ante Montenegro (62-83), enquanto os helénicos continuam imbatíveis à frente da poule com mais um pontos.
No outro encontro do grupo, os montenegrinos foram a Pitesti superar a Roménia por 75-80 (17-26, 17-23, 22-16, 19-15), que assim ocupa o último lugar só com desaires numa etapa em passam os três melhores, transportando os pontos acumulados para a 2.ª fase, mas com a próxima ronda apenas agendada para 27 de fevereiro e 2 de março e com Portugal a receber e a visitar a Roménia, respectivamente.
Apesar de Kostas Antetokounmpo (6 pts, 5 res, 2 ass), um dos irmãos mais novos da superestrela dos Milwaukee Bucks Giannis Antetokounmpo, ter colocado a Grécia a liderar por 0-4, o primeiro quarto teve uma curiosidade. Com Travante Williams e Diogo Brito (10 pts, 3 res) a marcarem todos os pontos, a Seleção reagiu a alguma desatenção adversária com um parcial de 13-0 (13-4) que obrigou Vasileios Spanoulis a mexer no cinco.
Dois minutos depois, já com 13-9, Mário Gomes fez o mesmo, tirando Rafael Lisboa, Daniel Relvão (2 pts, 3 res) e Cândido Sá (2 pts, 8 res), mas não conseguiu impedir que os medalha de bronze no EuroBasket-2025 - onde Portugal foi 15.º -, só que contavam com Giannis e todos os seus jogadores na NBA e na EuroLiga, respondessem também com 0-13 (13-17) no espaço de 4m nos quais marcaram três triplos.
Os primeiros que conseguiram de um total de 13 em 36 tentativas, contra 7/26 dos lusitanos e que ajudam a justificar o desfecho final.
Ainda que Portugal apenas tenha permitido a diferença máxima de 12 (21-33) no início do 2.º quarto, mais uma vez após sofrer três lançamentos de três pontos seguidos num parcial de 4-9 (21-33), foi essa falta de pressão sobre o detentor da bola para lá dos 6,75m que, aqui e ali, custou caro após várias recuperações no placard até 1 (36-37 ao intervalo) e 2 pontos (54-56 no início do 4.º período).
De resto a equipa foi coletiva e não permitiu que o adversário dominasse a luta das tabelas (34-34), roubos de bola (9-8) e até provocou mais turnovers (12-15), que transformou em 20 pontos. Além de ter marcado mais cestos dentro da área restritiva.
Só que, para além de Brito Inicialmente), faltou alguém que subisse de nível nas ações ofensivas e desse ajuda a Travante (15 pts, 6 res, 3 ass), que passou a ter um polícia em cima na 2.ºa parte, e Lisboa (12 pts, 4 res, 4 ass). Sem dúvida os homens que fizeram mexer a equipa face à forte pressão que a Grécia conseguiu impor na defesa para obrigar Portugal a ter dificuldade fazer circular a bola e lançar.
Algumas vezes colocando um jogador mais alto sobre o portador da bola até esta chegar perto do garrafão. Sobretudo quando estavam em campo menos experientes para aguentar essa pressão e dar início ao ataque planeado.
Um triplo de Vlad Voytso (8 pts, 3 ass) trouxe o 59-62 a 4.40m do fim. Spanoulis pediu desconto de tempo e até final a vantagem mínima a que a Grécia (13.º ranking FIBA) permitiu a Portugal (47.º) foram 5 pontos (63-68).