Selecionador Nacional lamentou perda de controlo emocional na reta final da partida

«Lição importante» e «bola de azar»: tudo o que disse Roberto Martínez

Análise do selecionador nacional ao empate com a Hungria

Roberto Martínez analisou o empate (2-2) entre Portugal e Hungria, que adia o apuramento da equipa das quinas para o Mundial 2026. O golo da igualdade dos húngaros surgiu no período de compensação. 

- Tantas oportunidades consentidas: 

- Acho que é o futebol. É um jogo para relembrar que não há jogos fáceis. Precisámos de relembrar. Há um aspeto emocional, queríamos ganhar e apurarmo-nos. A Hungria entra bem, focada, sabemos que a bola parada é o forte deles. Foi um jogo difícil. Reagimos bem. A equipa tem personalidade. Marcámos dois golos fantásticos. Começámos a segunda parte muito bem. Temos duas bolas nos postes, o remate do João Félix. Nos últimos minutos, a cabeça pára e o coração entra e já não jogámos. Perdemos o controlo do jogo e é uma lição muito importante para nós. É uma bola de azar, entra numa cueca. Mas a Hungria marca, é uma lição importante para nós. 

- Como se explica, a ganhar 2-1, estar a pensar no apuramento? Como é que a Hungria conclui a jogada daquela forma? 

- No futebol é normal, todos temos jogos competitivos. A Islândia empatou com a França. O que quero relembrar, quando ganhámos é porque fazemos as coisas bem e não porque o adversário é fraco. Os últimos 10 ou 15 minutos são uma lição para todos. Não somos uma equipa para ser pragmática. A Hungria não construiu uma jogada de 20 passes, foi um passe longo. São 10 pontos, mais quatro pontos neste estágio. Só 26 podem chegar no apuramento para o Mundial e tudo o que acontecer no relvado é importante. 

- Portugal com dificuldades defensivas neste jogo. O que falhou? 

Acho que o jogo de hoje é diferente do da Hungria. A bola parada já falámos, é muito forte, acontece. O importante é reagir bem. A Hungria é uma equipa que também tem qualidade. É matar o jogo quando mandámos a bola ao poste. Quando não matas, fica uma ansiedade e ajuda o adversário. Não podemos dar oito ou nove minutos no fim. Foi um aspeto importante para nós.

- Período final em que Portugal não conseguiu ter bola. O que falhou? 

É mais uma decisão de tentar chegar ao fim, ser mais pragmáticos. Essa não é a nossa força. É mais um jogo, não há um apuramento. Precisamos de entender o que aconteceu para nós, como equipa, e gerir melhor os jogos. 

- Como é que fica a confiança dos jogadores? 

Em 20 e tal dias voltamos a estar juntos. A confiança... os nossos jogadores são responsáveis, mas têm experiência. É doloroso e difícil, o nosso objetivo era fechar o apuramento. Mas para preparar o Mundial é melhor termos dois jogos competitivos em novembro. Não é uma situação negativa. Foram quatro pontos neste estágio e temos de começar a preparar novembro.