Lesão de Lukebakio torna mais urgente ataque do Benfica
A sucessão de infortúnios no plantel dos encarnados continua e a vítima mais recente é Dodi Lukebakio. O extremo belga de 28 anos lesionou-se com gravidade ao serviço da seleção, tem uma fratura no tornozelo esquerdo e vai ser operado, informou o Benfica. Sabe a BOLA, o tempo expectável de recuperação é de pelo menos três meses, o que significa que só voltará a competir em fevereiro ou março.
A baixa de Lukebakio torna ainda mais evidente a falta de extremos no plantel, problema há muito identificado por José Mourinho e que levará a estrutura do futebol profissional, liderada pelo presidente Rui Costa e com o diretor-geral Mário Branco na condução dos processos, a ter uma intervenção na reabertura do mercado de transferências mais forte do que aquela que planeava.
Como detalhámos, a ideia era contratar pelo menos um extremo em janeiro, mas a lesão do internacional belga deverá determinar a aquisição de dois extremos. A SAD encarnada também estuda a contratação de mais um avançado com características diferentes das de Pavlidis e Ivanovic, sobretudo porque este último continua sem dar resposta convincente. Neste sentido, o Benfica continua atento à situação de Rafa, que entrou em rota de colisão com o Besiktas e poderá deixar a Turquia. O regresso do avançado de 32 anos à Luz, onde jogou de 2016 a 2024, é possibilidade concreta, mas as águias apenas admitem negociar o avançado a custo zero, após desvinculação do clube de Istambul.
O Benfica também sonda o mercado tendo em vista uma boa oportunidade para contratar um lateral-esquerdo que possa concorrer com Samuel Dahl e ofereça coisas diferentes. Rafael Obrador, espanhol contratado no verão ao Real Madrid, por €5 milhões, ainda não está no ponto que deseja Mourinho, tem sido muito pouco utilizado e é possível que o clube queira reforçar também essa posição.
Problemas no imediato
O mercado de janeiro será utilizado para trazer mais soluções ao plantel, mas até lá Mourinho tem problemas para resolver. Sem Lukebakio, restam Schjelderup e Prestianni como opções diretas para as alas, além de Ivan Lima, extremo de 20 anos da equipa B que tem trabalhado em contexto de plantel principal, já se estreou, mas precisa de minutos para poder ser visto como solução de continuidade. As adaptações de Aursnes à direita e de Sudakov à esquerda acabam por ser as alternativas mais sólidas, mas que obrigam Mourinho a pensar a equipa de forma diferente.
Parecem, realmente, demasiadas situações para o treinador lidar até final do ano, antes de poder recorrer ao mercado de janeiro. E os desafios são muitos e podem marcar definitivamente a época do Benfica. Amanhã há jogo da Taça de Portugal, com o Atlético, e depois começa ciclo exigente, em Portugal e na Europa — Ajax, Nacional, Sporting, Nápoles, Moreirense, Famalicão e SC Braga são os jogos agendados ainda em 2025.
Época atribulada
A lesão de Lukebakio confirma uma época de grande instabilidade para o Benfica. Além do processo de eleições, que finalizou a 8 de novembro, da troca de Bruno Lage por José Mourinho no comando técnico, e de várias outras mudanças na estrutura do futebol, têm sido também muitos os jogadores que regressam com lesões das pausas FIFA para os trabalhos das seleções nacionais.
Sudakov e Pavlidis voltaram nesta última paragem com questões clínicas; e o primeiro já precisara recuperar de uma lesão no ombro esquerdo sofrida em representação da Ucrânia. Dedic também já precisou parar em consequência de problema a jogar pela Bósnia. Juntando as lesões de longa duração de Bah, Manu e Bruma... não é coisa pouca.