Homenagem a Diogo Jota em Anfield, estreia a marcar e incerteza até ao fim (crónica)

Foi uma tarde emotiva em Anfield no primeiro duelo entre Liverpool e Wolverhampton desde o trágico acidente que vitimou Diogo Jota, que representou os dois emblemas, e o irmão, André Silva. Antes do pontapé de saída, os dois clubes homenagearam o malogrado futebolista português, com a presença da família. 

Os filhos de Diogo Jota, Dinis e Duarte, acompanharam as equipas na subida ao relvado, num momento de grande emoção. Rute, viúva de Diogo Jota, assistiu na bancada. 

Num duelo da 18.ª jornada da Premier League, com favoritismo claro para o Liverpool e o Wolverhampton afundado no último lugar, com apenas dois pontos e sem vitórias na Premier League, confirmaram-se as previsões, com a formação de Arne Slot a vencer por 2-1, embora tenha sofrido na segunda parte.  

Os reds assumiram as rédeas de jogo desde o início, embora sem conseguirem criar muito perigo. O primeiro lance de perigo surgiu aos 11 minutos. Wirtz fez um passe magistral e Ekitike rematou ao poste. José Sá não tinha hipóteses de defesa. 

O Wolverhampton tentava sair em contra-ataque e deixou um primeiro aviso aos 17’, com um remate à entrada da área de Mateus Mané, avançado com nacionalidade portuguesa que passou pela formação do Barreirense.  

Aos 20’, nova homenagem em Anfield a Diogo Jota, com cânticos e palmas.  

Perto da meia hora de jogo, José Sá voou para impedir o golo de Mac Allister. O lance acabaria anulado por fora de jogo de Chiesa. Contudo, ficou a grande parada do português. Aos 32’, Mateus Mané voltou a atirar do meio da rua, com a bola a passar por cima das redes dos comandados de Arne Slot. 

Os golos viriam mesmo a aparecer no primeiro tempo e com dois de rajada. Aos 41’, Frimpong furou pela direita, entrou na área e assistiu Gravenberch, que, sem oposição, inaugurou o marcador e não esqueceu Diogo Jota no momento de celebrar.  

Ainda se festejava o primeiro e o Liverpool já tratava de dilatar a vantagem. Um minuto depois do 1-0, Wirtz estreou-se a marcar no 23.º jogo com a camisola dos reds. Ekitike trabalhou bem perante um adversário e assistiu o ex-Leverkusen, que jamais irá esquecer este dia.  

O Wolverhampton voltou mais atrevido para a segunda parte e reduziu aos 52’, deixando o Liverpool intranquilo. Na sequência de um canto, Santiago Bueno fez o 1-2. Alisson ainda defendeu a primeira bola, mas nada podia fazer depois.  

Aos 61’, Wirtz, sem ninguém a marcá-lo, atirou ligeiramente ao lado e não ficou longe do bis. seis minutos depois, Gravenberch rematou ao lado das redes de José Sá. A incerteza no marcador persistia e o Wolverhampton teve duas boas oportunidades já dentro dos últimos 20 minutos. Mateus Mané, aos 74’, obrigou Alisson a uma defesa a dois tempos. Quatro minutos depois, Tolu Arokodare ficou esquecido e cabeceou por cima. Aos 87’, Bradley, lançado no segundo tempo, fez um corte que evitou o golo de Jhon Arias, que surgia em boa posição para bater Alisson. 

Em cima do apito final, Gakpo atirou à malha lateral da baliza de José Sá. O Wolverhampton ainda tentou um forcing final, mas foi incapaz de marcar, sofrendo a 12.ª derrota seguida, estando praticamente condenado à descida ao Championship. Os reds dão sinais de retoma, somaram a quarta vitória seguida para todas as competições e chegaram à condição ao top-4 da Premier League. 

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