Zidane continua a espreitar o lugar de Deschamps: «Vamos ver...»
Depois de 14 anos, Didier Deschamps vai deixar a França no fim do Mundial 2026 e o favorito para o suceder é nem mais nem menos do que Zinédine Zidane, que já deixou o Real Madrid há mais de quatro anos e nunca escondeu a sua ambição em voltar a treinar, mas apenas a seleção francesa.
O antigo médio voltou a reiterar isso mesmo, mas sem garantias relativamente ao futuro. «Com certeza voltarei a treinar. Eu na Juventus? Não sei porque é que isso não aconteceu. Tenho sempre isso no coração, porque me deu muito. No futuro, não sei, um dos meus objetivos é treinar a seleção francesa. Vamos ver...», disse no Festival Desportivo de Trento, em Itália.
«O que um treinador precisa nos dias de hoje? Tem de ser apaixonado por futebol, de uma forma intensa. Não são só os vencedores que são bons, há bons treinadores que não conseguem vencer. O mais importante para mim é transmitir algo aos jogadores. Quando se é apaixonado, transmite-se algo aos jogadores», explicou, lembrando o que lhe fez terminar a carreira aos 34 anos.
«Eu tinha escolhido isso, era o que eu queria fazer. O que eu já não gostava eram as viagens, os hotéis e tudo o que estava à volta disso. Quando se tem 20 anos, tudo bem, mas quando se é mais velho, torna-se insuportável. Eu poderia ter jogado mais 2 ou 3 anos», garantiu, elegendo os dois melhores treinadores que teve.
«Quando parei, mudei a minha vida. Após três anos, não sabia o que fazer, tentei muitas coisas até me inscrever no curso de treinador. De todos os treinadores que tive, aquele com quem aprendi mais foi Lippi: ele foi muito importante, porque quando cheguei à Itália, no início, foi difícil para mim, mas ele sempre acreditou em mim. Ancelotti foi primeiro meu treinador, depois tornei-me seu adjunto. Ele é um amigo, foi importante para a minha carreira. Era um bom treinador, porque ouvia os jogadores», afirmou, analisando o futebol do seu tempo enquanto futebolista e o atual.
«Acho que, em comparação com o passado, hoje sinto falta de algo. Quando assisto aos jogos, quero ver um futebol mais ofensivo. É verdade que sinto um pouco de falta do futebol do passado», finalizou.