Movimento Servir o Benfica rejeita voto eletrónico
O Movimento Servir o Benfica, através de comunicado, manifesta «surpresa» e estupefação pelo que tem sido «escrito e dito sobre o tema do voto eletrónico» e insiste na rejeição firme relativamente à possibilidade de utilização nas eleições do clube.
O movimento reafirma a sua posição contra o voto eletrónico, salientando que desde 2020 defende a restrição deste sistema, e que não mudará de opinião devido ao atual contexto pré-eleitoral.
As principais razões apontadas para a oposição ao voto eletrónico são o risco de fraude e a falta de garantia de confidencialidade do voto, argumentos que, segundo o comunicado, são também válidos nas eleições para os órgãos de soberania da República Portuguesa.
No comunicado, contesta a ideia de que a restrição do voto eletrónico favoreça apenas os sócios de Lisboa, apresentando dados sobre a última eleição para mostrar que a maioria dos votantes o fez fora de Lisboa e propõe a criação de secções de voto presenciais nas regiões autónomas e, se necessário, no estrangeiro, em vez da utilização do voto eletrónico.
«No último ato eleitoral — o mais participado da história centenária do Sport Lisboa e Benfica — os sócios residentes em Portugal Continental votaram exclusivamente de forma presencial. Dentro desse universo, mais de metade dos votantes exerceram o seu direito fora da cidade de Lisboa. Elucidativo», pode ler-se.
«Relativamente aos sócios residentes nas Regiões Autónomas — que votaram eletronicamente no último ato eleitoral — participaram menos de mil associados. (...) Pode e deve, assim, o Benfica organizar secções de voto nessas Regiões, com base em critérios de bom senso, responsabilidade e razoabilidade. Quanto aos sócios residentes no estrangeiro — que, no último ato eleitoral, totalizaram cerca de 3.600 votantes — deve ser assegurado o voto por correspondência, tal como acontece nas eleições da República. Na eventualidade de se demonstrar a impossibilidade prática da utilização do voto por correspondência, entende o Movimento Servir o Benfica que o clube, através da Mesa da Assembleia Geral e no exercício das suas competências, deve promover — segundo critérios de oportunidade e razoabilidade — a instalação de secções de voto no estrangeiro, junto das comunidades onde se concentra o maior número de sócios, permitindo que estes se possam deslocar e, assim, exercer o seu direito de voto», defende o movimento.
Por fim, o Movimento Servir o Benfica elogia a atitude de José Pereira da Costa, presidente da Mesa da AG, na organização das recentes eleições e apela à continuação de um trabalho independente e rigoroso, sempre em defesa dos estatutos e dos interesses do Benfica.