Lenda espanhola sem papas na língua: «Vinícius não merece um salário tão alto»
As negociações entre Vinícius e a direção do Real Madrid para a renovação do contrato chegaram a um impasse. Ao que tudo indica, é cada vez mais provável que um dos jogadores-chave possa deixar o Bernabéu, uma vez que nenhuma das partes mostra intenção de ceder. O futebolista brasileiro exige um salário de 30 milhões de euros por temporada, enquanto o clube oferece cerca de 20 milhões, um valor próximo do seu atual salário. Devido à grande diferença nas exigências, não se vislumbra um acordo.
Santiago Cañizares, antigo guarda-redes do clube merengue, considera que nem Vinícius, nem muitos outros jogadores do Real Madrid, merecem os salários que lhes são atualmente pagos.
«O seu salário, a julgar pelo que demonstra em campo, não corresponde aos valores em negociação. No entanto, da mesma forma, outros jogadores do Real Madrid em campo também não justificam o dinheiro que o clube lhes paga», referiu, em declarações à Cadena COPE.
Parece que o público do Real Madrid também perdeu a paciência com Vinícius. Isso ficou evidente durante o jogo contra o Sevilha, quando os adeptos o assobiaram ao ser substituído.
Tal reação certamente afetou o avançado de 25 anos, que está ciente de que precisa de apresentar exibições significativamente melhores e que o seu estatuto em Madrid não é invejável.
«Vinícius está a dizer ao seu agente para pressionar bastante, porque o contrato é curto e terminará em breve. Está também a dizer ao clube que deveria pagar pelas expectativas e pelo que ele foi, porque foi um grande jogador que quase ganhou a Bola de Ouro e conquistou um título da Liga dos Campeões, marcando golos», acrescentou Santiago Cañizares.
Vinícius na sombra de Mbappé
Esta temporada, Vinicius tem estado na sombra de Kylian Mbappé. Em 30 jogos disputados, registou um desempenho modesto de seis golos e nove assistências.
Santiago Cañizares, nascido em Madrid, passou por todas as categorias de formação do Real. Embora inicialmente não tenha tido oportunidade na equipa principal, o seu percurso, via Elche, Mérida e Celta, levou-o de volta a Madrid em 1994.
No entanto, em quatro anos, somou apenas 55 jogos. Alcançou a verdadeira glória no Valência, cuja camisola vestiu 413 vezes, tornando-se uma lenda do clube e membro de uma das gerações mais bem-sucedidas da sua história. Pela seleção espanhola, defendeu as cores em 46 ocasiões.
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