A noite em que Mbappé igualou Ronaldo: «Sempre foi o meu ídolo» (crónica)
Este sábado não foi um bom dia para o historial de Cristiano Ronaldo: à tarde Haaland ultrapassou a sua marca de 103 golos por ele apontados na Premier League, à noite Mbappé, no dia do seu aniversário, igualou o seu recorde de 59 golos feitos, com a camisola do Real Madrid, num ano civil. O jogador francês festejou o golo que marcou da mesma forma que Cristiano o costuma fazer. «Sempre foi o meu ídolo e agora somos amigos», afirmou Kylian no final do encontro.
Depois das duas derrotas seguidas no Bernabéu, Xabi Alonso estava obrigado a ganhar para não esgotar o seu já escasso crédito e não passar o Natal no desemprego. Consciente do muito que, neste desafio, estava em jogo, o técnico optou pela melhor formação possível tendo em conta todos os jogadores com que não podia contar por estarem lesionados. Na véspera e no almoço de Natal, Florentino Pérez, no seu discurso, fez ver aos jogadores a grande responsabilidade que têm de vestirem a camisola do Real Madrid e pediu-lhes que lutem sempre e não caiam na autocomplacência.
Pensava-se que as palavras do presidente serviriam de motivação para a equipa, mas o que se viu de início foi demasiada parcimónia e falta de intensidade, deixando jogar o Sevilha que, nos primeiros minutos, teve um par de boas oportunidades de colocar-se em vantagem no marcador e originadas por erros de excesso de confiança de Huijsen que está longe da sua melhor forma.
Pouco a pouco o Sevilha foi recuando e impondo-se sem grandes problemas à frágil pressão dos atacantes do Real que só num lance de bola parada conseguiram fazer funcionar o marcador, Rodrygo apontou uma falta e Bellingham saltando mais alto que os defesas visitantes fez o golo com um magnifico remate de cabeça que Odysseas não conseguiu defender. Chegou-se assim ao intervalo com o Real a ganhar pela diferença mínima, demasiado prémio depois de uma pouco convincente primeira parte.
O Sevilha, com o treinador Matias Almeyda expulso ao intervalo, começou o segundo tempo como fez no primeiro. Com descaramento lançou-se ao ataque obrigando Courtois a ter de intervir com classe para evitar o empate, depois, na outra baliza, também Odysseas Vlachodimos teve de empregar-se a fundo para evitar ser batido. Mas as coisas mudaram para o Sevilha com a expulsão de Marcão que obrigou a equipa a jogar com um menos durante meia hora, um esforço que provocou o cansaço que esteve na origem do penálti cometido por Juanlu sobre Mbappé, que aproveitou para marcar o segundo golo.
Ainda houve uma nova grande penalidade a favor do Real assinalada pelo árbitro que, depois de ver as imagens, mudou de opinião. Não foi uma boa exibição do Real, castigada com os protestos dos adeptos em várias fases da partida, a turma sevilhana sim deu muito boa imagem, mas regressou a casa com as mãos vazias em boa parte por culpa das grandes defesas de Courtois que salvaram a equipa e a cabeça de Xabi Alonso.