Fim da linha para Matheus Reis no Sporting: as razões para uma saída anunciada
Fim da linha para Matheus Reis. Após quase cinco temporadas de leão ao peito, a despedida do brasileiro de Alvalade deverá ser confirmada no início de 2026. Após várias temporadas de enorme rendimento e muita utilização — convém lembrar de que estamos a falar no terceiro jogador do plantel com mais jogos no Sporting, 203 no total, apenas atrás de Gonçalo Inácio (224) e Pedro Gonçalves (209) —, o esquerdino prepara-se para terminar um longo ciclo no clube leonino.
A despedida esteve, de resto, para acontecer no final da última época. Estando em final de contrato — termina em julho de 2026 — e sem acordo para uma renovação, ainda se procurou uma solução para prosseguir a carreira fora de Alvalade, mas sem sucesso. Agora, aos 30 anos, com espaço cada vez mais reduzido no plantel, o brasileiro tem via verde para escolher o próximo destino a partir de janeiro.
Apesar de não ter encontrado uma solução, o ala manteve-se no plantel e, sabe A BOLA, sempre com o nível de profissionalismo exigido. Nos treinos e nos jogos. Rui Borges nunca foi contra a sua continuidade (ao contrário do que, por exemplo, aconteceu com St. Juste) e contou com Matheus Reis como um elemento válido, apesar de considerar ter pouco espaço para ter a regularidade de outros tempos.
E essa pouca utilização foi confirmada neste arranque. De resto, desde a final da Taça de Portugal, diante do Benfica, marcada por um lance polémico a envolver o defesa (ao pisar a cabeça de Belotti), Matheus Reis soma... 25 minutos de utilização. É certo que foi obrigado a cumprir quatro jogos de castigo no arranque, mas, findo esse período, tem vivido na sombra das duas principais opções: Maxi Araújo e Ricardo Mangas.
Sem minutos nas provas internas (foi apenas lançado nos últimos minutos diante do Kairat na Liga dos Campeões), o polivalente esquerdino acabou também por ser um dos sacrificados do novo sistema idealizado por Rui Borges. Ele que, no passado, era peça importante pela polivalência evidenciada na linha de três defesas, podendo ser solução como central ou ala-esquerdo. Agora, no 4x2x3x1, o sistema privilegia um lateral com outras características e Matheus Reis ainda não saiu da sombra.
E AINDA FALTA NUNO SANTOS...
A todas estas dificuldades em entrar na luta pela titularidade, com Maxi e Mangas, acresce um outro elemento que se encontra prestes a chegar... Falamos de Nuno Santos, ala-esquerdo que deverá ser reintegrado nos próximos dias após um ano de ausência devido a lesão grave. A entrada de Nuno Santos dificultará (ainda) mais uma entrada na equipa.
Olhando para todos estes dados em cima da mesa, Matheus Reis já começa a encarar a saída como um cenário inevitável. Para o recomeço de um novo ciclo. Nesse sentido, a pouco mais de dois meses da reabertura de mercado, o brasileiro já vai estudando as possíveis soluções para prosseguir a carreira. O regresso ao Brasil — chegou a ser ligado ao Palmeiras em agosto— surge como uma forte possibilidade, ainda que não esteja colocado de parte um projeto numa liga mais periférica, como as árabes. Continuar em Alvalade é, para já, o cenário menos provável, mesmo podendo somar alguns minutos nos muitos ciclos exigentes de jogos que se aproximam. Rui Borges não fecha essa porta, mas existem outros trunfos na frente...