Lenda grega revela porque Ioannidis não chegou mais cedo ao Sporting
Giannis Goumas é uma bandeira do Panathinaikos. Nunca vestiu outra camisola em toda a carreira. 341 jogos na equipa helénica, 45 internacionalizações — título europeu em 2004 na fatídica final contra Portugal — e responsável pelo aparecimento de muitos talentos na Grécia ou não tivesse sido ele selecionador sub-19 e sub-21 desta seleção durante quase uma década. Entre eles está Fotis Ioannidis. E foi este o mote para a conversa do treinador com A BOLA, hoje com 50 anos, que acedeu de pronto para falar sobre um avançado especial. E diferenciado.
«Quando o chamei pela primeira vez aos sub-19 ainda estava numa equipa mais pequena, o Levadiakos. Fiquei muito impressionado. Forte nos duelos, conseguia segurar a bola sob uma pressão sufocante, conseguia criar espaços para os colegas e o mais importante para um avançado... marcava com facilidade» começa por dizer, lembrando a chegada tardia a Alvalade.
Tenho uma relação pessoal com o Fotis e falamos sempre que surge a oportunidade. Ele queria dar esse passo para o Sporting desde o ano passado, mas o Panathinaikos não o deixou sair. Porque era o capitão, melhor jogador e fazia a diferença
«Tenho uma relação pessoal com o Fotis e falamos sempre que surge a oportunidade. Ele queria dar esse passo para o Sporting desde o ano passado, mas o Panathinaikos não o deixou sair. Porque era o capitão, melhor jogador e fazia a diferença. Tenho a certeza que está absolutamente feliz com esta escolha e num curto espaço de tempo tornar-se-á influente no Sporting», garante.
O treinador, muito bem identificado com a realidade do Panathinaikos, fala do vazio que Ioannidis deixou no clube. «Era capitão, um dos favoritos das bancadas, a saída entristeceu os adeptos e trouxe insegurança sobre se o vazio seria preenchido. Todos sonham em que algum momento possa regressar», diz, destacando pontos fortes.
«Dentro de campo era a sua perspicácia, as qualidades de liderança e o talento, fora dele destacava a sua personalidade e caráter», reforça o técnico helénico.
«PRECISA MODERAR A... ENERGIA»
Ioannidis tem 25 anos e ainda não é um produto finalizado. Há ainda uma margem de evolução.
«O que ele precisa de melhorar é que como avançado-centro, precisa de estar mais dentro da área adversária e estar pronto para rematar, não desperdiçar energia fora da área para que tenha a mente limpa para terminar a fase de forma ideal. Precisa de moderar isso», sublinha, deixando uma certeza: Ioannidis não vai sentir o peso da responsabilidade por ocupar uma vaga deixada por... Gyokeres.
Ioannidis precisa de estar mais dentro da área adversária e estar pronto para rematar, não desperdiçar energia fora da área para que tenha a mente limpa para terminar a fase de forma ideal