Matheus Reis: Rui Borges não o deixa cair
Matheus Reis, 30 anos, esteve em vias de abandonar o Sporting no mercado de verão mas acabou pr ficar porque, contas feitas, apenas lhe foi sugerida uma proposta, proveniente do Palmeiras de Abel Ferreira, mas era por empréstimo e à luz da regulamentação da FIFA não são permitidas cedências no último ano de contrato, situação em que se encontra. Além disso, não se mostrou muito interessado em regressar ao Brasil devido aos problemas de insegurança que o país vive, isto numa altura em que a mulher Jacky se encontra grávida do segundo filho, isto malgrado as ameaças recebidas na sequência ao pisão na cabeça de Andrea Belotti na final da Taça de Portugal diante do Benfica, conquistada pelos leões, numa vitória por 3-1 obtida já no prolongamento.
Esta seria uma última oportunidade do clube de Alvalade encaixar uma verba relativa à venda do passe do jogador, que não deverá renovar contrato com os leões. No entanto, à semelhança com Hidemasa Morita, o camisola 2 continuará a ser aposta de Rui Borges, que aprecia as suas qualidades futebolísticas mas também a versatilidade tática, pois tanto pode atuar como defesa esquerdo numa linha a quatro do 4x2x3x1 como central, pois se não chegou ao Sporting com essa rotina, conquistou-a tanto com Ruben Amorim como com Rui Borges no desenho de 3x4x3.
Matheus Reis ainda não foi utilizado esta temporada mas devido a contingências inultrapassáveis. Em primeiro lugar porque foi castigado com quatro jogos de castigo na sequência do pisão a Belotti. Teria de cumprir mais um devido a, alegadamente, ter proferido frase «nós aqui pisamos a cabeça», mas o Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS) aceitou a providência que os leões interpuseram e a aplicação da pena foi suspensa. Ficou disponível para o clássico, foi convocado mas não passou do banco por força das circunstâncias do jogo, pois o Sporting viu-se a perder por 0-2 ao minuto 64, porém, o defesa esquerdo Mangas continuava a demonstrar a necessária preponderância ofensiva, não fazendo muito sentido chamar a jogo um futebolista mais contido como Matheus Reis.
Apesar deste absentismo em termos de utilização e de estar em final de contrato, em Alvalade confia-se que continue a demonstrar as características apresentadas até ao momento: foco no trabalho e em melhorar; exigência e competitividade; consciência das suas limitações mas enorme vontade em evoluir e com boa relação com os companheiros de equipa, sendo já uma das referências de balneário.