Médio na antevisão ao encontro com a Hungria

Elogios de Zidane, Bola de Ouro e o apuramento para o Mundial: tudo o que disse Vitinha

Médio fez a antevisão ao duelo com a Hungria

Vitinha fez a antevisão ao encontro de Portugal com a Hungria, válido para a qualificação para o Mundial 2026. A Seleção Nacional pode desde já carimbar o apuramento para o próximo Campeonato do Mundo.

— O que espera do jogo com a Hungria, depois das dificuldades em Budapeste? 

— Às vezes temos sentido mais dificuldades contra blocos muito baixos como o da Irlanda. Na Hungria também usaram um bloco baixo, não tão baixo como o da Irlanda, na expectativa de sair em contra-ataque. Estamos bem avisados, analisámos e vamos analisar ainda um pouco mais. Sabemos o que a Hungria nos pode causar e o que temos de fazer para que isso não aconteça e as melhores dinâmicas que temos de ter para criar o máximo de oportunidades e fazer golos. 

— Zidane deixou-lhe elogios. Palavras bem recebidas? 

— Se ele o disse, agradeço, é claramente uma das referências para toda a gente no futebol. Para um médio ainda mais. Para uma pessoa que joga no meio-campo ter uma referência como o Zidane a falar isso, é sempre importante e fico muito contente. Resta-me continuar, manter o nível e melhorar se possível. Dizer-lhe obrigado. 

— Terceiro melhor jogador do mundo. O que mudou na sua vida? 

— É sempre muito subjetivo, parte sempre da opinião das pessoas, estou felicíssimo com a classificação que tive. Não era possível sem o trabalho da equipa, como sempre. É verdade. Contente e agradecido por toda a gente que me ajudou no meu percurso. Muito contente, se um dia conseguir ainda melhor, ainda melhor. Na minha vida nada mudou, fiquei um bocadinho mais contente no dia a dia, é sempre uma satisfação individual, a minha família e os meus amigos também.  

— Jogo com a Hungria pode valer apuramento. Dá uma motivação ainda maior? 

— Temos isso bem presente nas nossas cabeças. Podemos desde já carimbar a passagem para o Mundial 2026. Já costuma ser hábito. Felizmente criámos esse hábito, mas não é fácil. Temos uma grande oportunidade de carimbar já o apuramento e fazer o estágio de novembro mais tranquilos, se bem que queremos sempre ganhar. Vamos dar tudo por isso. Estamos bem cientes disso e vamos dar tudo por isso. 

— Portugal foi eliminado por Marrocos e Uruguai nos últimos Mundiais. Com a Liga das Nações, ficou mais difícil enfrentar seleções sul-americanas de outros continentes. É importante poder enfrentar Argentina ou Brasil na preparação? 

— É uma boa questão. No meio de tantos jogos que temos, não sei como está o calendário. Seria uma boa opção, uma coisa a olhar com interesse. Estamos a maior parte dos anos a jogar com seleções europeias. Pessoalmente, teria gosto de jogar com seleções de outros continentes. É sempre uma coisa diferente. Não falo das eliminações, porque tanto foi com equipas de outros continentes, mas poderia ser com europeias. Acaba por calhar. Mas gostaria muito de jogar com seleções de outros continentes. 

— O que considera ser o ponto mais forte do seu jogo e o que tem de melhorar? 

— Não gosto de falar muito do que faço bem. Até costumo falar mais do que faço mal e não tenho problema. Sinto que no plano defensivo posso sempre melhorar. Não é de todo das minhas características mais fortes. Sei que posso sempre melhorar. Tento sempre dar o meu máximo. Agressividade, duelos, outros aspetos, estou sempre a tempo de melhorar, com bola também. Depois, pontos fortes não gosto de falar, penso que é claro para as pessoas o que faço melhor. 

— Conquistar o Mundial está no pensamento? Expectativas altas? 

— Acho que não temos de esconder as coisas e não querer pôr a carroça à frente dos bois. Temos uma seleção recheada de grandes craques, que jogam por toda a Europa e por todo o Mundo. Temos de almejar a grandes objetivos. A responsabilidade assim o pede. Temos de ter calma, fazer as coisas passo a passo. Temos de carimbar a qualificação. Sei que voltamos sempre a falar das mesmas coisas. Acaba por ser o que tem de ser. Temos de carimbar a qualificação desde já e depois novembro e olhar para o Mundial. Acho que esta Seleção tem de olhar para grandes objetivos. 

— O PSG chegou longe no Mundial de Clubes. É necessária uma maior organização nos Estados Unidos? 

— Pedimos sempre a melhor das organizações. Se assim for, estaremos mais confortáveis e com tudo feito para jogar o nosso melhor futebol e ter os melhores resultados. É o que pedimos e certamente irão fazer de tudo. 

— Qual foi o adversário mais difícil nesta fase de qualificação? 

— São seleções diferentes. Nos últimos dias defrontámos a Irlanda com um bloco muito baixo, que nos dificultou a tarefa. Não quer dizer que tenha sido a mais difícil. Se calhar diria a Hungria, porque foi fora, marcou-nos dois golos. Foi fora, um ambiente difícil. Temos de ter cuidado e a consciência dos perigos da Hungria, mas temos a capacidade para vencer. 

— Em Budapeste, Vitinha teve de recuar muitas vezes. O que faria diferente? 

— Sem dúvida que trouxe algumas dificuldades no contra-ataque. Também temos a capacidade de defender dessa forma, se for o caso. Cabe ao mister decidir a melhor forma de atacar e defender para o jogo e iremos dar a melhor resposta possível. 

— Qual o maior desafio com a Hungria? 

— É fazer as coisas da melhor forma para podermos ganhar, criar o maior número de oportunidades, defender bem, marcar e passar para o Mundial. 

— Ainda não marcou pela Seleção Nacional. Qual seria o momento perfeito? 

— Já com a Hungria ou na final do Mundial. Eram as melhores alturas. Como disse, não é uma coisa que eu force. Claro que gostaria muito, surgirá quando tiver se surgir. Não provoco, se sentir que vai prejudicar o jogo da equipa. Se surgir, muito bem. Se não surgir, desde que ganhemos, está tudo bem. Se for com a Hungria, melhor. Se for mais à frente também ficarei contente.