Vitória por 2-1 no terreno do Newcastle #DAZNPremier

Drama teatral com polémicas do VAR deixa Arsenal mais próximo do Liverpool

Londrinos só estiveram três minutos em vantagem, o suficiente para arrancarem três pontos ao Newcastle. Gyokeres tentou, mas nunca foi decisivo

Um jogo decidido por cabeceamentos, decisões do árbitro que deixaram jogadores atónitos e por um golo tardio manteve o Arsenal no 2.º lugar da Premier League, a dois pontos do Liverpool, que perdeu pela primeira vez nesta 6.ª jornada. Ao Newcastle, voltou a faltar o quase.

O Arsenal foi avassalador durante os primeiros 34 minutos. Sempre com o pé no acelerador, criou oportunidade atrás de oportunidade, sem dar hipóteses de resposta a um Newcastle que só tinha a opção de depositar as esperanças em Nick Pope. Que correspondeu ao mais alto nível. Com as mãos e com… o VAR.

Aos 13’, o guardião não evitou o contacto com Gyokeres na área e o árbitro não hesitou em assinalar penálti. Mas o VAR tinha uma palavra a dizer: Pope tocou primeiro na bola do que no ex-jogador do Sporting. E o juiz Jarred Gillett concordou, anulou o penálti e deixou incrédulos os jogadores do Arsenal e Mikel Arteta.

Fé em Pope

Isso não demoveu o Arsenal e pouco depois, Leandro Trossard (26’) disparou uma bola contra o poste. Três minutos volvidos e Eberechi Eze atirou uma bomba à entrada da área, para defesa apertada de Pope, que ainda defendeu um forte pontapé de Bukayo Saka (32’).

Do outro lado, o Newcastle só precisou de uma chance para marcar e castigar severamente o Arsenal: na sequência de um canto – a especialidade do Arsenal – Tonali assistiu Nick Woltemade, que afastou Gabriel Magalhães com um ligeiro toque para marcar de cabeça e ganhar ainda mais a afeição dos adeptos magpies.

O Arsenal ficou atónito. Como é que tamanho domínio resultara numa desvantagem ao intervalo? Pope era o principal responsável e os nervos começaram-se a sentir.

Na 2.ª parte, o Newcastle ainda conseguiu aquilo que muitas equipas desejam: controlar o adversário sem bola. Os espaços para Gyokeres eram inexistentes e o Arsenal só furava a defesa com rasgos individuais, como quando Zubimendi lançou a bola em arco para Jurrien Timber (59’), que só não marcou porque Pope se voltou a agigantar.

Benditos cruzamentos

Gyokeres tentava de tudo para fazer diferença e aos 70’ surpreendeu com um remate à meia-volta, sem o efeito desejado. 10 minutos depois, voltou a falhar em posição frontal ao escorregar na hora do remate.

Quem calou St. James Park foi o recém-entrado Mikel Merino, assistido por Declan Rice, com um cabeceamento que deixou Pope pregado ao chão (85’).

No minuto seguinte, nova polémica com o VAR: um cruzamento de Anthony Elanga bateu no braço de Gabriel Magalhães. O VAR analisou o lance, mas não julgou haver motivos para penálti. E desta feita, foi o Newcastle a ficar revoltado com a decisão da equipa de arbitragem.

O que permitiu a Gabriel Magalhães congelar por completo o Newcatsle. Num canto batido por outro jogador vindo do banco, Martin Odegaard, Nick Pope foi incomodado por Saliba e o central brasileiro pôde cabecear para uma baliza vazia, seis minutos depois dos 90’.

Tal como acontecera com o Liverpool, o Newcastle voltou a claudicar nos momentos decisivos e, por isso, a sofrer uma derrota pesada que deixa a equipa no 15.º lugar. Se tivesse ganho, estaria em 8.º… uma posição atrás do Arsenal.