Sérvio Srdjan Jovanovic, de 39 anos, dirigiu o Portugal-Hungria, em Alvalade - Foto: Miguel Nunes
Sérvio Srdjan Jovanovic, de 39 anos, dirigiu o Portugal-Hungria, em Alvalade - Foto: Miguel Nunes

A análise de Pedro Henriques à arbitragem do Portugal-Hungria

Golos de Cristiano Ronaldo foram legais e sem foras de jogo. Arbitragem globalmente positiva com destaque para o árbitro sérvio Srdjan Jovanovic ao nível das decisões na área

22' Sem fora de jogo. Quando Nélson Semedo cruza a bola para Cristiano Ronaldo, este não está em fora de jogo, pois tem dois adversários entre ele e a linha de baliza, sendo que é Milos Kerkez o jogador que valida a posição do capitão português. Golo legal

Lance ao minuto 22'

29' Quando um jogador, ao pontapear a bola, faz com que esta, de forma inadvertida, vá bater na sua mão ou braço, sem que tenha havido qualquer gesto ou ação deliberada para jogar ou tocar no esférico, normalmente é uma atenuante para que não seja marcada qualquer infração. Foi o que aconteceu com Renato Veiga que pontapeou a bola com o seu pé direito contra a sua mão esquerda. Lance legal e sem penálti.

Imagem do lance aos 29 minutos

34' Cartão amarelo bem mostrado a Bruno Fernandes, que falhou completamente o que seria a interseção da bola e, por trás, pontapeou de forma negligente com a biqueira da sua bota direita a parte de trás do joelho direito de András Schafer. Entrada negligente bem sancionada em termos disciplinares.

Minuto 37': sem penálti sobre Cristiano Ronaldo

37' Sem penálti. Ao apoiar o seu braço esquerdo no solo, no movimento de queda, András Schafer toca de forma inadvertida com a mão na bola. Braço na vertical, em posição natural para o gesto que estava a fazer e toque não deliberado. Depois o mesmo jogador alivia a bola com o seu pé direito, tocando apenas no esférico e não rasteirando Cristiano Ronaldo que estava por perto na disputa de bola.

Imagem do lance aos 45+3'

45+3' Golo legal. Cristiano Ronaldo não infringiu a lei do fora de jogo, pois no momento do passe de Nuno Mendes o capitão da Seleção portuguesa parte claramente de posição correta, pois tem quatro adversários entre ele e a linha de baliza (só é preciso ter dois)

50' Cartão amarelo bem mostrado a Callum Styles, que, ao esticar a sua perna esquerda, acaba por pisar o pé direito de Pedro Neto, um pisão que cortou uma saída em contra-ataque. Uma dupla infração: entrada negligente e, simultaneamente, uma falta tática bem sancionada disciplinarmente.

Minuto 71': lance legal e sem penálti

71' Outra das atenuantes para que não seja sancionada infração de mão é quando um jogador tem o seu braço junto, encostado e ao longo do corpo, e não tem, desta forma, qualquer volumetria extra do braço em relação ao seu corpo. Foi o que aconteceu com João Palhinha que, na área, levou com a bola no seu braço direito. Lance legal e sem penálti.

90' Foi mostrado um cartão amarelo a João Félix, quando o jogo estava interrompido para ser executado um pontapé de canto contra Portugal: o árbitro entendeu que, depois de já o ter avisado a propósito de alguns empurrões que estava a dar no seu adversário, este não parou e acatou a sua ordem, e daí tê-lo advertido.

90+1' Sem fora de jogo. o 2-2 dos húngaros foi legal e sem infração ao nível do fora de jogo, pois na construção da jogada e à saída do meio campo Barnabás Varga estava a ser colocado em jogo por Renato Veiga. Bem o assistente que deixou prosseguir a jogada.

90+5' Nuno Tavares, quando progredia no seu corredor esquerdo, foi claramente pontapeado por Dániel Lukács que apenas quis parar e destruir a jogada: mais uma falta tática e uma entrada negligente que foi bem sancionada disciplinarmente.

NOTA DO ÁRBITRO: 7