V. Guimarães apresenta lucro histórico e pode não ficar por aqui

O Vitória de Guimarães revelou esta sexta-feira o relatório de contas relativo à época 2024/25, do qual se destaca um lucro de 7,61 milhões de euros, o mais elevado da história do emblema.

Este resultado foi alcançado, em grande parte, com as vendas de jogadores como Jota Silva (Nottingham Forest), Alberto Costa (Juventus), Kaio César (Al Hilal) e Manu Silva (Benfica) que «totalizaram 27,5 milhões de euros» em mais-valias, explica o Vitória, aos quais acrescem os «prémios UEFA decorrentes da campanha na UEFA Conference League, que geraram receitas superiores a 9,7 milhões de euros».

Recorde-se que os vitorianos ultrapassaram três eliminatórias para chegarem à fase de liga dessa prova europeia, que terminaram no 2.º lugar, atrás do eventual vencedor, o Chelsea. A equipa foi depois eliminada nos oitavos de final pelo Betis, que chegou até à final da competição.

A SAD vitoriana tem motivos para olhar para estes resultados com ânimo, não só devido ao lucro obtido, mas também porque a época 2025/26 pode vir a superar o valor recorde agora alcançado.

Isto porque há cinco jogadores que foram vendidos no último mercado de verão e cujos valores ainda não foram contemplados neste relatório. Foram eles: Filipe Relvas para o AEK por 3 milhões e 250 mil euros; Tomás Handel para o Estrela Vermelha por 3,1 milhões de euros; Nuno Santos para o Mamelodi Sundowns por 920 mil euros; Toni Borevkovic para o Samsunspor por 750 mil euros; José Bica para o Leixões por 300 mil euros.

No total, o Vitória garantiu 8 milhões e 320 mil euros com estas vendas, valor que será refletido no relatório de contas do ano que vem. E que com outras eventuais vendas, poderá levar o lucro a superar o deste último exercício.

Nesse sentido, tendo em conta a política de contratações do Vitória em jovens jogadores, assim como na aposta da formação, ao que A BOLA apurou, existem vários ativos que, por estarem a ser potenciados esta época (tanto na equipa principal como na B, que atua na Liga 3) e aliados à sua juventude, perspetivam eventuais vendas no futuro.

São exemplo disso jogadores como Oumar Camara (18 anos), Diogo Sousa (19 anos), Miguel Nogueira (20 anos), Matija Mitrovic (20 anos), Fabio Blanco (21 anos), Gonçalo Nogueira (21 anos), Noah Saviolo (21 anos), Juan Castillo (22 anos), Alioune Ndoye (24 anos), Miguel Nóbrega (25 anos) e Orest Lebedenko (27 anos), que atuam na formação de Luís Pinto, assim como Rodrigo Duarte (19 anos) e Thiago Balieiro (22 anos), que têm sido opções regulares na equipa B.

Os conquistadores também revelaram no relatório que o «volume total de rendimentos atingiu 22,6 milhões de euros», enquanto os capitais próprios permanecem negativos, mas com uma melhoria, «passando de -31,2 milhões de euros em 2023/2024 para -24 milhões de euros no final de 2024/2025».

Por fim, o emblema reduziu «o endividamento líquido para 47,3 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 4,85 milhões face ao período homólogo».