António Miguel Cardoso, presidente do V. Guimarães (GRAFISLAB)

V. Guimarães: «Precisávamos de menos vaidade no balneário»

António Miguel Cardoso falou aos jornalistas a propósito do 103.º aniversário do clube vitoriano

O presidente do Vitória de Guimarães, António Miguel Cardoso, enalteceu esta segunda-feira a «fome competitiva e a humildade» do plantel dos vimaranenses, após as mudanças operadas no mercado de transferências de verão.

Após hastear a bandeira preta e branca junto à entrada para o Estádio D. Afonso Henriques, a propósito do 103.º aniversário dos vitorianos, o dirigente salientou que a «mudança de ciclo» efetuada no defeso, com 10 reforços, sete deles com 23 anos ou menos, a contratação de uma nova equipa técnica, liderada por Luís Pinto, e 12 saídas, foi «pensada e equilibrada» para «sustentar o clube no futuro».

«Temos jogadores cheios de orgulho e de vontade de respeitar o Vitória. Precisávamos de ter uma equipa mais jovem, com 'fome'. Temos muita fome competitiva e muita humildade. Precisávamos de menos vaidade no balneário. Para se sustentar, o Vitória precisava desta mudança. Estamos convencidos de que é o melhor para o Vitória e de que o futuro vai ser risonho», disse o dirigente máximo dos vitorianos, aos jornalistas.

Presidente dos minhotos desde março de 2022, António Miguel Cardoso realçou que os plantéis das épocas anteriores, cuja espinha dorsal incluía o guarda-redes Bruno Varela, os defesas Borevkovic e Mikel Villanueva e os médios Tomás Handel, Tiago Silva e João Mendes, fizeram «um grande trabalho», mas que também era preciso renovar o grupo.

«Há momentos em que os jogadores querem sair e procurar outras oportunidades. Isso é normal. O que queremos é que quem está cá olhe sobretudo para o clube e tenha orgulho em representar o Vitória. Estamos satisfeitos, com um balneário e uma equipa técnica cheios de vontade», referiu.

Depois de admitir que deixa a presidência se o Vitória não alcançar um dos cinco primeiros lugares da Liga, o responsável máximo admitiu que «não vai ficar satisfeito» se a meta traçada não for cumprida, num momento em que a equipa orientada por Luís Pinto é oitava classificada, com oito pontos, após seis jornadas.

«Estou aqui para cumprir objetivos. Se cumprir, as coisas estão bem, e devo continuar. Se não os cumprir, não fico satisfeito, nem os sócios devem ficar satisfeitos», disse.

António Miguel Cardoso disse ainda que gostaria de ver a equipa B, da Liga 3, continuar a «promover jogadores» à equipa principal, de ver a equipa feminina «sustentar a sua evolução», após a estreia de domingo no escalão principal, perante o Benfica (derrota por 5-1), e de cobrir as bancadas de três dos relvados da academia.

A cumprir o segundo mandato como líder do clube e presidente do conselho de administração da SAD, o dirigente referiu ainda que a relação com o fundo V Sports, proprietário do Aston Villa, da Premier League, e detentor de 29% da SAD minhota, está «estável» e que eventuais «novas abordagens» à parceria firmada em 2023 vão ser divulgadas aos sócios, em primeiro lugar.