Benny apontou o segundo golo dos cónegos, na vitória por 2-1, frente ao Casa Pia. Foto: Manuel Fernando Araújo/LUSA

Tudo Benny com o registo caseiro dos cónegos (crónica)

Golo do médio permitiu a reviravolta no marcador e a quarta vitória, em outros tantos jogos, do Moreirense no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas; uma partida com vários lances junto das balizas e com um ritmo elevado; Jérémy Livolant colocou os gansos na frente e Schettine empatou

O Moreirense regressou aos triunfos, batendo o Casa Pia por 2-1 e mantendo o registo 100 por cento vitorioso em sua casa. A equipa de Vasco Botelho da Costa soma 15 pontos em sete jornadas e está na 4.ª posição da Liga.

Os visitantes colocaram-se em vantagem logo ao minuto 7, após uma boa jogada de Livramento que desmarcou Abdu Conté e o ala-esquerdo serviu Jérémy Livolant que encostou já muito perto da linha de golo. Um lance que despertou sentimentos mistos no banco dos gansos, pois Conté lesionou-se e teve mesmo de ser substituído, dando o seu lugar a Fahem Benaissa.

A resposta dos cónegos não tardou e aos 14’ chegou ao empate por Guilherme Schettine que assim apontou o seu quinto golo na Liga. Uma jogada iniciada pelo avançado brasileiro, com Vasco Sousa a integrar-se bem no ataque, sendo que a bola sobrou para Kiko Bondoso que cruzou para a entrada de cabeça do ponta de lança que não perdoou.

A reviravolta no marcador esteve muito perto, aos 32 minutos, depois de uma saída rápida para o ataque por parte do Moreirense. Diogo Travassos meteu velocidade no corredor direito, cruzou rasteiro e apareceu Vasco Sousa, que dominou, mas depois rematou por cima já perto da pequena área.

No reatamento, novamente o jogador cedido pelo FC Porto a ficar perto do golo, mas mais uma vez o remate a sair por cima. Entretanto continuava o azar para os forasteiros, com o guarda-redes Patrick Sequeira a ter de sair, por lesão, permitindo a estreia de Daniel Azevedo.

O ritmo continuava elevado e os gansos tentaram colocar-se em vantagem em duas ocasiões. Livramento tentou em arco e a bola foi para fora, seguindo-se um remate do meio da rua de Larrazabal para defesa atenta de Caio Secco. Do outro lado, Kiko Bondoso com mais um bom cruzamento e quase que havia autogolo, pois o corte de Sebastián Pérez embateu na trave da sua própria baliza.

Aos 70 minutos reviravolta no marcador com um belo golo de Benny. Na sequência de um pontapé de canto, a bola sobra para a entrada da área e com um remate de primeira, em que a bola ainda embate no relvado, o médio que tinha entrado há poucos minutos a colocar os cónegos em vantagem.

Cassiano foi lançado por João Pereira e ficou muito perto do golo do empate (86’), mas o cabeceamento foi à trave. O resultado não se alterou e os gansos voltaram a perder, após duas partidas sem conhecerem o sabor da derrota.

As notas dos jogadores do Moreirense: Caio Secco (5), Dinis Pinto (5), Marcelo (5), Maracás (5), Francisco Domingues (5), Mateja Stjepanovic (5), Vasco Sousa (6), Diogo Travassos (5), Alan (5), Kiko Bondoso (6), Guilherme Schettine (7), Benny (7), Cedric Téguia (5), Afonso Assis (5), Landerson (5) e Gilberto Batista (-).

Melhor em campo: Benny (nota 7)
Uma distinção que tem de ser dividida com Guilherme Schettine, mas a verdade é que o médio resolveu o jogo. Um belo remate de ressaca, de execução complicada, do qual resultou o 2-1 e mais três pontos para o Moreirense. O jogador, de 27 anos, entrou bem no encontro dando maior frescura à zona ofensiva, transportando a bola para perto da área contrária.
A figura: Jérémy Livolant (nota 6)
O extremo francês abriu o marcador com um golo fácil, pois foi só encostar, mas estava no sítio certo para empurrar a bola para o fundo das redes, demonstrando instinto goleador. Um jogador que dá sempre uma dimensão física interessante às partidas, pois é bastante batalhador e alia a isso velocidade com boa condução de bola, sendo um bom jogador da nossa Liga.

Vasco Botelho da Costa

Não consigo estar 100 por cento satisfeito com a nossa exibição, pois cometemos alguns erros em zonas próximas da nossa área e o Casa Pia esteve muito perto de os aproveitar. Mas, também faz parte do processo de crescimento da nossa equipa. Se tivéssemos mais calma e melhor interpretação, não teríamos sofrido tanto. No entanto também criámos bastante e podíamos ter marcado mais.

João Pereira

Jogámos contra uma equipa forte e tentámos de tudo, porém tivemos algumas condicionantes que não estavam previstas. Este clube vive muito da imprevisibilidade e de, perante qualquer circunstância, ter de arranjar soluções. Foi o que fizemos, mas faltou o detalhe para conseguirmos empatar o jogo, penso que a igualdade seria o resultado mais justo.