Tinoco Faria defende Noronha Lopes: «Comparação com Vale e Azevedo é atentado quase criminoso»
Tinoco de Faria, antigo vice-presidente da Direção de Manuel Vilarinho (2000 a 2003) e presidente da Mesa da Assembleia Geral e vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral nos dois primeiros mandatos de Luís Filipe Vieira Vieira (demitiu-se em rotura com a Direção perto do final do último), agora apoiante de João Noronha Lopes, partilhou, esta sexta-feira, uma carta aberta sobre o momento que antecedeu as eleições para a presidência do Benfica deste sábado.
«A campanha foi dura, apaixonada e vibrante, com alguns excessos de linguagem. Também se caracterizou por ataques à personalidade e ao comportamento do candidato João Noronha Lopes que só posso considerar como soezes e difamatórios.»
«O João Noronha Lopes foi acusado, primeiro, de ter votado contra a construção do estádio; depois, de ser o Vale e Azevedo dois; e, finalmente, de só ter estado 58 dias na direção do Dr. Vilarinho. Na minha qualidade de vice-presidente à época quero afirmar o que segue:»
«1) quanto à construção do estádio, a verdade é que todos nós ponderamos sobre a viabilidade de tal empreendimento face à situação dramática das finanças do SL Benfica, deixadas exangues por esse presidente de má memória que nos antecedeu. Tudo visto e ponderado, porém, acabámos todos de forma solidária a construção do estádio;
2) a comparação do João Noronha Lopes com Vale e Azevedo é um atentado quase criminoso à pessoa de um Homem sério, de passado irrepreensível, com uma vida de trabalho atrás de si. Tal difamação, que terá feito caminho junto de alguns sócios, é manifestação de uma campanha insidiosa que importa denunciar e combater;
Veio [João Noronha Lopes] a renunciar ao cargo cerca de um ano depois por força de uma oportunidade profissional que não podia enjeitar e que todos nós, com pena, compreendemos.»
3) João Noronha Lopes tomou posse comigo, como vice-presidente suplente, sendo certo que por decisão do Dr. Vilarinho e porque todos éramos poucos para fazer frente às enormes que encontrámos, o João Noronha Lopes passou imediatamente a trabalhar e a ajudar-me, enquanto vice-presidente da área jurídica, num conjunto de dossiers, designadamente na preparação da operação de aumento de capital a que nos propusemos. É que o SL Benfica nesse tempo não tinha, como hoje, vários e ilustres advogados externos. Éramos nós quem assegurava a defesa dos interesses do SL Benfica e o João participou nessas tarefas diariamente. Veio a renunciar ao cargo cerca de um ano depois por força de uma oportunidade profissional que não podia enjeitar e que todos nós, com pena, compreendemos.»
«Este meu depoimento tem por único objetivo contribuir para que numa eleição tão importante como a que amanhã terá lugar os sócios do SL Benfica votem em sã consciência e não estimulados por mentiras ou meias verdades.»