Rodrigo Mora e Geovany Quenda brilham pelos sub-21 de Portugal
Rodrigo Mora e Geovany Quenda brilham pelos sub-21 de Portugal - Foto: IMAGO

Sub-21: Luís Freire explica tudo, de Mora e Quenda a Chermiti e Rafael Luís

Selecionador de sub-21 falou sobre os prodígios de FC Porto e Sporting... e não só. Mateus Fernandes, o capitão, vai falhar o primeiro jogo (Bulgária) por castigo, mas manteve a vaga

Minutos depois de Roberto Martínez ter falado sobre as situações de Rodrigo Mora e Geovany Quenda, Luís Freire confirmou a chamada dos dois jovens de FC Porto e Sporting, respetivamente, mas não ficou por aí. O selecionador de sub-21 não fugiu a questões e justificou praticamente tudo, de Chermiti à convocatória de Mateus Fernandes, que vai fahar o embate com a Bulgária (dia 10), por castigo.

Conta, nesta geração, com jogadores como Mora, Quenda e João Simões. Qual a importância de ter estes jogadores nos sub-21?

—Jogam a um nível muito elevado. O Rodrigo fez ontem golo na Liga Europa, o Quenda joga na Champions, o Simões também… Muito jovens, mas em contexto muito alto, nas melhores competições. Para nós, é uma mais-valia. O nosso objetivo é muito alto: ganhar os jogos com Bulgária e Gibraltar e, depois, sermos uma Seleção que quer vencer o Europeu. Falamos de jogadores já com experiência e, para nós, é rico ter a possibilidade de estarem nos sub-21. O Mora e o Quenda foram importantes no estágio, pelo que fizeram em campo e pela postura que tiveram fora dele. Tendo jovens neste contexto, é mais fácil prepararmo-nos para o desafio do Europeu, mais à frente.

Convocou Chermiti, agora no Rangers. No entanto, é um avançado que não marca há mais de um ano...

—É um jogador que esteve na Premier League sem grande espaço de jogo, mas está identificado por nós. Foi para o Rangers, onde já fez jogos na Liga Europa. Ontem, enviou uma bola à trave e fez 90 minutos. Tem caraterísticas físicas interessantes, 1,95 metros de altura, sabe segurar a bola, combinar com os colegas, esteve no Sporting e no Everton… Está a jogar e fez sentido observá-lo de perto. Já cá tinha estado e faz sentido vê-lo mais de perto.

Mateus Fernandes vai falhar o jogo com a Bulgária, por castigo, mas está na convocatória...

—Como acontece com o Gustavo Sá, é alguém a quem entregámos a braçadeira de capitão e que respondeu muito bem a esse primeiro estágio. Tem muita personalidade e maturidade para a idade. Além da grande qualidade futebolística, atitude e compromisso, está a jogar consecutivamente Premier League e faz sentido tê-lo no grupo. Vai ter um papel importante ao longo do estágio. A forma como treina, trabalha e comporta é uma boa influência. Depois, estará no segundo jogo. Antes, vai ajudar fora do campo.

Sente que Gustavo Sá, como Roberto Martínez já disse, é um jogador que está perto da Seleção principal?

—É um elemento mais experiente, um dos nossos capitães. Tem muita qualidade técnica e tem de ganhar o eu espaço na nossa Seleção. Tem de ser cada vez mais importante e vai ser importante esta responsabilidade de ser capitão. Ser capitão na Seleção acrescenta visibilidade, que ele poderá utlizar da melhor forma para projetar-se. Se conseguir esse caminho, terá possibilidades de subir, como têm todos os que estão nos sub-21.

Gonçalo Oliveira, central do Benfica, foi associado ao Barcelona. Como tem visto a evolução deste jogador?

—Estreou-se por nós no último estágio e deu uma excelente resposta. Está num nível alto. Todas as experiências que estes jogadores têm são muito importantes. O Gonçalo está a fazer o seu caminho. É importante que joguem, tenham ritmo. O Gonçalo está nesse horizonte de progressão e felizmente temos muitos nessa situação. Será mais um a sorrir no futuro, se mantiver o que vi em termos de postura, entrega e qualidade.

Que qualidades destaca no Rafael Luís, agora no Estrasburgo?

—O Rafael Luís acaba por ter um perfil muito interessante. É um médio de 1,88 metros, esquerdino… Jogou a Conference League e está num contexto alto, a jogar a nível europeu. Vai começando a jogar, a ter minutos... Já foi titular no Estrasburgo e faz-nos aumentar o leque de opções no meio-campo. Trazer jogadores como o Simões e o Rafael dá-nos possibilidades de conhecer melhor os nossos jogadroes e dá oportunidade a quem vai conseguindo ter visibilidade nos clubes.

O Gustavo Varela esteve no primeiro estágio, mas agora é ausência. Porquê?

—Aconteceu com o Gustavo o que aconteceu com outros jogadores, como o Afonso Moreira, que até foram titulares no primeiro estágio. São jogadores que tiveram um comportamento bom no primeiro estágio, mas este é um grupo que tem de estar aberto, para que todos possam sentir que podem ter oportunidades nos sub-21. Fazem parte do nosso grupo e do nosso projeto e, desta vez, vão fazer estágio nos sub-20, continuando nas seleções. É este trabalho que queremos promover. Dentro desse cenário, todos os jogadores estão identificados com essa ideia. Neste estágio, o Gustavo [Varela] acaba por ir para os sub-20.