Barcola abriu o marcador do PSG-Lens
Barcola abriu o marcador do PSG-Lens - Foto: PSG

Quem não tem Dembélé (e Doué) caça com Barcola (crónica)

Ex-Lyon fez os dois golos, e que golos, da vitória do PSG ao Lens, com Vitinha também em destaque com duas assistências, mas nem tudo foi bom para Luis Enrique, que perdeu mais três jogadores para lesão

Quatro jogos, quatro vitórias para o PSG. Os parisienses receberam e venceram o Lens, por 2-0, e continuam na liderança da Ligue 1, ficando à espera do que possa fazer o Lyon, de Paulo Fonseca, em casa do Rennes, ainda este domingo.

Já a pensar no jogo de quarta-feira com a Atalanta para a UEFA Champions League, Luis Enrique promoveu bastantes alterações e lançou apenas dois portugueses, poupando o capitão Marquinhos, Pacho e Fábian Ruiz. Vitinha e Gonçalo Ramos foram titulares, mas João Neves e Nuno Mendes só entraram na segunda parte, aos 70 minutos. A entrada do atacante luso no onze aconteceu também pelas lesões de Dembélé e Doué pela seleção francesa.

No entanto, foi outro dos substitutos a brilhar esta tarde em Paris: Barcola bisou com dois golaços e foi decisivo no triunfo dos visitados. Vitinha também se destacou ao longo do jogo, que passava sempre por ele, e prova disso foram as duas assistências para o francês, embora o mérito dos golos seja totalmente do atacante.

No entanto, nem tudo foi um mar de rosas para Luis Enrique, que, por ter partido a clavícula e ter passado por uma operação, começou a assistir o jogo nas bancadas do Parque dos Príncipes, sempre em comunicação com o seu adjunto, mas isso só foi o caso na primeira parte. Provavelmente não terá gostado da experiência e ao intervalo desceu para os balneários para falar com os jogadores, regressando ao banco de suplentes para a segunda parte, ao lado do adjunto.

Luis Enrique partiu a clavícula, mas este no banco na segunda parte
Luis Enrique partiu a clavícula, mas esteve no banco na segunda parte

Logo nos primeiros segundos do jogo, Kvaratskhelia sofreu uma entrada muito dura de Edouard, que fazia a estreia pelos forasteiros, e ficou em claras dificuldades, acabando por sair em cima da meia-hora de jogo, com as marcas dos pitons do adversário na sua perna. Além do georgiano, Kang-In Lee também foi forçado a sair por lesão na segunda parte e, mais tarde, Beraldo colocou muito mal o pé e teve de abandonar o jogo de maca. Os jovens Mbaye e Mayulu entraram para o ataque e Nuno Mendes rendeu o defesa. Muitas dores de cabeça para o técnico espanhol após a pausa para seleções, mas a ideia é que apenas a lesão de Beraldo é que é grave.

Nos primeiros 15 minutos houve uma oportunidade de golo para cada lado, mas a primeira foi para o Lens e num momento insólito. Beraldo, atrapalhado, tentou atrasar a bola para o guarda-redes, que estava praticamente à sua frente, e Chevalier foi obrigado a afastar o perigo com as mãos, provocando o livre indireto na grande área para o Lens, mas a culpa foi do brasileiro. No remate, Thauvin criou muito perigo, mas o guarda-redes francês deu literalmente o peito às balas e evitou o golo. Edouard ainda falhou a recarga. Não marcou o Lens, marcou o PSG e em grande estilo. Não há Dembélé nem Doué, mas há Barcola, que abriu as contas com um golaço. Vitinha deixou a bola nos seus pés e, à entrada da grande área, cortou para dentro a partir da esquerda e rematou em arco, sem hipóteses para o guarda-redes.

Ao longo do encontro, Thauvin foi o elemento mais perigoso dos visitantes, que perderam bastante fulgor na segunda parte, em que os campeões franceses aproveitaram apenas para gerir o jogo, isto após o bis de Barcola, com mais um golaço, aos 51'. Vitinha partiu para o ataque e voltou a assistir o francês, que desta vez rematou de forma rasteira e puxada ao canto inferior esquerdo. Risser nada podia fazer, outra vez. Ao contrário do que nos habituou, Gonçalo Ramos ficou em branco, mas teve uma situação ou outra para colocar o seu nome na lista de marcadores, tendo sido ainda admoestado por simulação. O luso terá certamente nova oportunidade no próximo jogo para marcar, por causa da onda de lesões no ataque.

Até ao fim, o ritmo baixou bastante e, já com os quatro portugueses em campo, os minutos foram passando. Vitória segura do PSG, que pretende dar outra imagem na fase de liga desta Champions, após as dificuldades na anterior, embora tenham sido os vencedores da competição.