Rui Borges opera várias mexidas no onze leonino - Foto: Catarina Morais/Kapta+
Rui Borges opera várias mexidas no onze leonino - Foto: Catarina Morais/Kapta+

«Podíamos ter feito mais golos»: tudo o que disse Rui Borges

Treinador do Sporting analisa vitória sobre o Tondela em conferência de imprensa, no Estádio João Cardoso

— Que análise faz à vitória do Sporting com o Tondela?

— A análise é simples, foi um grande jogo da nossa parte do início ao fim, uma primeira parte onde entrámos muito bem no jogo, onde fomos criando ao longo do tempo várias oportunidades de golo, onde saímos com 1-0 que era um bocadinho em inglório para aquilo que tínhamos feito e que tínhamos criado, para aquilo que era a energia da equipa com ou sem bola, no processo ofensivo, no processo defensivo. Por isso é que na primeira parte o 1-0 acaba por ser escasso, o que leva o Tondela, no intervalo, a acreditar. Faz uma substituição, joga com dois avançados com jogo aéreo. A dificuldade era nós conseguirmos manter a energia que tínhamos na primeira parte na segunda e a equipa deu uma demonstração clara disso. Na 2.ª parte, o jogo partiu um bocadinho o que até foi bom para nós, para criarmos boas oportunidades. Podíamos ter feito mais golos, mas foi uma grande exibição da nossa equipa.

— Esta vitória coloca um ponto final na crise do Sporting?

— A equipa deu resposta. Não vou voltar a responder a esse tema, que nem é tema. Demos resposta a nós mesmos porque sabíamos aquilo que não tínhamos feito no jogo do SC Braga, que foi o único jogo que nos deixou aquém naquilo que somos e queremos. Deixo também um agradecimento especial aos nossos adeptos, que nos fizeram sentir que estávamos a jogar em casa. Têm sido fantásticos no apoio e na energia para a equipa, essa ligação que temos é importante.

— Como é que a equipa tem gerido o calendário, para jogar com esta intensidade poucos dias após o jogo com o Marselha?

— O jogo com o Marselha foi importante para eles ganharem mais confiança. Tinha pedido nesse jogo e pedi neste jogo novamente, porque nós temos jogadores que já ganharam tudo no Sporting e às vezes podem entrar nalgum comodismo, de forma indireta, que nos pode levar a não sermos tão dinâmicos e eles têm de estar sempre a desafiarem-se a eles próprios, não basta ser eu. E isso foi bem demonstrativo com o Marselha e se assim não fosse, a equipa não dava a resposta que hoje deu, em termos físicos e de frescura mental. A equipa esteve muito dinâmica, a jogar a um ou dois toques. O desafio é estarmos sempre assim. Mas a imagem que demos hoje foi a que demos nos primeiros jogos do campeonato. Tirando o jogo com o SC Braga, a equipa tem dado uma resposta fantástica neste início de época.

— Como vai lidar com o jogo do Alverca, que é já daqui a dois dias?

— Agora é descanso. Tivemos 20 convocados, a equipa faltou o Morita apenas porque ontem teve um mal-estar de saúde, mas acredito que esteja já disponível para esse jogo de terça-feira. É impossível não haver essa gestão, o jogo é daqui a menos de 48 horas. A malta titular de hoje está completamente desgastada. Agora é respirar só. Teno toda a certeza de que vamos ser muito competitivos e sei que, por ser um jogo de Taça da Liga a meio da semana, apelo aos nossos adeptos para que estejam presentes na sua máxima força no estádio na terça-feira. Vão jogar 11, vão estar muito competitivos e com uma ambição enorme de ganharem.

— Como estava este relvado, que fez a estreia com o Sporting?

— Estava minimamente bom, acho que ainda não tinha sido pisado. Aqui ou ali é normal que esteja mais fofo um bocadinho. Mas está bom, vai ficar melhor com o passar das semanas e que todos os relvados sejam como este, porque beneficia o espetáculo e toda a gente. Nós queríamos marcar cedo porque queríamos mostrar, desde o primeiro minuto, que estamos aqui para ganhar e que temos a ambição de sermos campeões novamente.

Pedro Gonçalves está de volta ao nível a que nos habituou, depois da longa lesão na época passada?

— Na semana passada falava-se na fase menos boa do Sporting, não digo má, mas o Pote está com números superiores aos da época passada e está em baixo de forma para alguns. O Trincão está na melhor fase da carreira dele e dizem que está numa má fase também. O Hjulmand deu uma resposta fantástica, naquilo que é a qualidade individual. São jogadores importantes e eles sabem-no, assumem-na e essa é que é a diferença dos grandes jogadores. Estou feliz por tê-los na minha equipa e que continuem muitos anos no Sporting, seja com o Rui Borges ou não, mas são grandes jogadores.