Valentin Vacherot saiu do qualifying para conquistar o troféu do Masters 1000 Xangai. IMAGO
Valentin Vacherot saiu do qualifying para conquistar o troféu do Masters 1000 Xangai. IMAGO

O rico conto de fadas que Vacherot escreveu em Xangai

O monegasco de 26 anos tornou-se o primeiro tenista fora do 'top'-200 a vencer a final de um Masters 1000, os torneios mais categorizados depois dos Grand Slams. E ainda levou para casa um prémio chorudo, o dobro do que tinha ganho em toda a carreira

A partir de hoje, toda a gente conhece o nome de Valentin Vacherot no mundo do ténis. O monegasco, que entrou no último Masters 1000 da temporada com um discreto 204.º lugar do ranking ATP, acabou de vencer o penúltimo Major da temporada por 4-6, 6-3 e 6-3, batendo na final o primo Arthur Rinderknech (54.º).

Vachrot já estava a reescrever a história da modalidade na China, à medida que foi afastando adversários mais cotados, com o expoente máximo nas meias finais, quando sentou o sérvio Novak Djokovic na bancada.

Hoje selou com uma vitória o conto de fadas que está a viver em Xangai ao conquistar o troféu do Masters 1000, algo que nunca um tenista abaixo do top-200 tinha feito - o finalista com a classificação mais baixa na história do Masters 1000 (desde 1990) foi Andrei Pavel, em 2003.

Mas Vacherot é também, seguramente, um orgulho para o Mónaco, que nunca tinha tido um tenista nos quartos de final, quando mais a vencer um dos antigos Supernove, categoria abaixo dos Grand Slams.

Além do lado competitivo, que lhe valerá uma subida impressionante - top-40! - na próxima lista da hierarquia mundial que será divulgada, o tenista vai levar para casa um cheque de 967 mil euros (!), praticamente o dobro dos 511 mil euros que tinha amealhado em toda a carreira.

Val, como é conhecido, foi um amante do esqui antes de se dedicar ao ténis e se tornar no sétimo jogador cuja primeira final que disputou foi logo de um Masters 1000. No novo milénio, somente Alejandro Davidovich Fokina , Dusan Lajovic, Filip Krajinovic, Jerzy Janowicz, Radek Stepanek e Max Mirnyi tinham lá chegado. Mas nenhum ganhou.

Hoje, Vacherot, que nunca tinha sequer alcançado os quartos de final de um torneio ATP, fê-lo em 2 horas.

Agora, Vacherot, cujo ídolo é Roger Federer, que é fã de Fórmula 1 e adepto do Mónaco, pode regressar a casa pronto para ser recebido em festa depois da final que durou duas horas.