José Mourinho, treinador do Benfica, no Estádio da Luz
José Mourinho, treinador do Benfica, no Estádio da Luz - Foto: IMAGO

Mourinho: «Três pontos com o Qarabag seriam a base de construção»

Treinador do Benfica admitiu que a vida das águias não está fácil perante a derrota surpreendente em casa, mas que tudo é possível e também admitiu que não é adepto do novo formato da Champions

José Mourinho está de regresso aos grandes palcos da UEFA Champions League e esta quarta-feira orienta o Benfica contra o Chelsea no Stamford Bridge, uma casa que bem conhece, mas desvalorizou isso mesmo.

«Eu acho que muito mais do que os 20 minutos vão ser cruciais. Estou à espera de duas equipas que querem ganhar, obviamente que não acredito que o Chelsea jogue outra coisa se não para ganhar. Jogam em casa, perderam o primeiro jogo, e por uma questão de cultura de clube e também pela identidade que quero dar à equipa progressivamente, também não haverá estádio ou adversário que nos fará pensar de outra maneira», começou por dizer, em conferência de imprensa, admitindo que as coisas não estão fáceis para as águias, após a derrota surpreendente em casa com o Qarabag, ainda com Bruno Lage.

«Se temos de defender bem para ganhar o jogo, obviamente que temos de defender bem para ganhar o jogo, mas do ponto de vista emocional e tático é tentar ganhar o jogo. Perderam, mas perderam em Munique com um calendário muito mais acessível do que nós. O nosso é mais complicado, os que perdemos foram pontos que pensámos que íamos somar, e vamos ter de ir à caça de pontos em todos os sete jogos que temos pela frente. É muito mais difícil o Chelsea em Stamford Bridge, o Real Madrid na Luz ou o Newcastle em Newcastle, honestamente não consigo dizer qual é mais fácil, mais difícil, o mais possível sacar os pontos. Amanhã temos de ir por eles», atirou, admitindo que não é adepto do novo formato da competição e afirmando que o clube não pode pensar (já) em ganhar a competição.

«Dimensão europeia não significa pensar em ganhar a competição europeia no imediato. Estamos tão longe disso, até porque a competição acabou de começar, que pensar até nos faz mal. Agora estamos numa fase em que cada ponto é fundamental, num formato em que todos nós temos pouca experiência. Conheço o formato porque no ano passado joguei UEFA Europa League, mas é um formato um bocadinho estranho, porque é uma classificação com tantas equipas que não jogas contra. Não tens como controlar o teu destino contra essas equipas, cada ponto é fundamental e acho que ninguém me levará a mal se disser que, olhando para o calendário do Benfica, os três pontos com o Qarabag seriam aqueles que, à partida, a base de construção e depois um ponto aqui, três pontos ali, e o apuramento chegará. Estamos numa situação mais complicada em função disso, mas temos de partir para cada jogo com a intenção de os conseguir», explicou, voltando ao assunto do regresso a Londres.

«Sim, estou em casa, mas já joguei aqui com Tottenham, Manchester United, Inter na Champions e durante 90 minutos, nem eu pensei por um segundo onde estava, com quem estava a jogar, de modo algum. Por isso, como dizem eles, I’m not a blue anymore [já não sou azul], sou vermelho e quero ganhar», finalizou.