Rodrigo Mora foi utilizado na segunda parte (Catarina Morais/KAPTA+)

Mercado FC Porto: o ponto da situação sobre Rodrigo Mora e o Al Ittihad

Dragões exigem o valor da cláusula, jogador sente que é uma oportunidade para jogar, algo que acontecerá pouco com Farioli

Rodrigo Mora poderá vir a ser a venda-sensação do FC Porto este mercado, com a entrada em cena da Arábia Saudita e, mais concretamente, do Al Ittihad.

O Al Ittihad vai necessariamente trocar jogadores estrangeiros até ao fecho do mercado, com Houssem Aouar a poder ser um dos futebolistas a deixar a clube nos próximos tempos. Ora, Rodrigo Mora encaixa na posição que o internacional argelino (e francês, por uma ocasião) ocupa no terreno, a de médio ofensivo. O seu perfil, de jovem talento, também se enquadra nos atletas que a Arábia Saudita pretende atrair. Há interesse no portista, ainda mais porque não é primeira escolha para Francesco Farioli, porém até final do mercado são muitos os nomes oferecidos e muita coisa pode mudar.

Na Arábia Saudita, quatro emblemas estão debaixo do Public Investment Fund (PIF, Fundo de Investimento Público). Um deles é o Al Ittihad. Os restantes são o Al Hilal, o Al Nassr e o Al Ahli. As grandes transferências são conduzidas pelo PACE (Player Acquisition Centre of Excellence), o organismo do PIF e da Liga que atua no mercado ao mais alto nível. Se decidir avançar para Mora, o dinheiro não será um problema e o PACE poderá apontar à cláusula de rescisão para depois direcionar o jogador para o Al Ittihad, embora nem isso seja certo, uma vez que também os outros 3 emblemas do PIF querem revolucionar os quadros dos estrangeiros. Espera-se uma enorme confusão e agitação até 10 de setembro, data do fecho do mercado no país, já depois do português, que encerra à meia-noite de dia 1.

Se a cláusula for acionada, tudo se tratará ao nível de Al Ittihad (ou outro) e jogador, com o FC Porto sem poder fazer nada. Caso os sauditas queiram negociar, a resposta de André Villas-Boas, apurou A BOLA, será esta: os dragões pretendem receber os 70 milhões e não menos e a pronto, de forma a poderem ainda dar os últimos retoques no plantel; se não pagarem a pronto, querem receber uma percentagem no caso de o futebolista voltar à Europa.

Este sábado, o negócio intermediado pelo empresário Jorge Mendes poderá conhecer desenvolvimentos importantes. Negócios desta dimensão obedecem a regras rígidas e que vai ser preciso muitas negociações até poder haver uma conclusão.

Rodrigo Mora entende que vai jogar pouco com o novo treinador, Francesco Farioli - aliás esse tem sido tema de conversa nas conferências de imprensa do treinador dos dragões - e a Arábia Saudita pode ser uma solução.

Os clubes saudita podem inscrever 10 estrangeiros, mas dois deles precisam ser obrigatoriamente jogadores com menos de 21 anos. O portista, com 18, enquadrar-se-ia neste segundo lote.