Martínez destaca Vitinha e Nuno Mendes mas sublinha: «A melhor geração do futebol português é a de 66»
Roberto Martínez considera que tem um grupo muito forte na Seleção Nacional, salpicado com talentos individuais únicos.
Ao falar da maior força de Portugal, destacou a «flexibilidade tática». «Isso tem a ver com a educação do futebolista português: são competitivos e adoram informação tática. Essa mistura permite-te usar diferentes formas de jogar em função do que é necessário», refere na entrevista ao jornal Marca.
Questionado sobre se esta será a geração de ouro do futebol português, a resposta é curiosa. «A melhor geração do futebol português é a de 1966. Quando falamos de premiar uma geração, deve ser um grupo que alcance um título, um aspeto que os diferencie. Este balneário merece ser a melhor geração de sempre, mas isso não é dado. Isso tem de ser ganho em campo», referiu.
Este balneário merece ser a melhor geração de sempre, mas isso não é dado. Isso tem de ser ganho em campo
Passou então à análise de alguns jogadores em particular, como Vitinha, de quem o treinador Luis Enrique disse ‘não é a minha tática, isto é PlayStation'. «Vitinha é capaz de executar o que os treinadores pensam em qualquer momento. Tem capacidade técnica para se antecipar ao que acontece no jogo. Unir-me-ia a essas palavras do Luis Enrique», disse, passando ao companheiro do PSG Nuno Mendes, de quem já disse ser o melhor lateral do mundo:
«É o que tem maior registo. Pode jogar por fora ou por dentro, pode ser mais '10' do que lateral, sabe chegar à área, pode atuar como terceiro central... Eu não vi um lateral-esquerdo que seja tão bom em tantos registos diferentes.»
O selecionador falou ainda sobre a conquista da Liga das Nações. «Tem vindo a melhorar até chegar a um ponto em que se tornou a competição de selecções com maior número de jogos (10). Além disso, disputa-se ao longo de 10 meses, o que implica grande exigência e consistência. Na final four, Portugal venceu a Alemanha na Alemanha 25 anos depois e depois defrontou a Espanha, campeã da Europa, pela primeira vez numa final. Jogos mais difíceis não há. Não tem o prestígio de um Euro nem de um Mundial, mas o grau de dificuldade é muito elevado.»