Roberto Martínez com Diogo Jota na Seleção (foto: Miguel Nunes)
Roberto Martínez com Diogo Jota na Seleção (foto: Miguel Nunes)

«Diogo Jota tinha a capacidade de tornar possível o impossível»

Selecionador Roberto Martínez recorda a importância do avançado falecido em julho no grupo da Seleção; a personalidade contagiante que continua no grupo

2025 foi um ano de sucesso para a Seleção, mas também de profunda dor devido à morte de Diogo Jota, em julho, pouco depois da conquista da Liga das Nações.

Roberto Martínez falou de como a morte do avançado impactou o grupo.

«Foi uma tragédia a nível humano, de sociedade, que transcende o desporto. Gere-se com naturalidade, respeitando que todos temos de passar o luto de uma forma diferente. No nosso caso, o balneário geriu-o com um sentido de responsabilidade. O Diogo era uma fonte de positivismo. Era um jogador que não se pode substituir por ninguém. Ganhámos juntos a Liga das Nações e todos sabíamos que o sonho dele era ganhar o Mundial. Queríamos retirar o seu dorsal, mas o Rúben Neves, o seu amigo mais próximo, ficou com ele a pedido da família. Levamos o Diogo como uma força extra», começou por explicar, em entrevista ao jornal Marca.

O Diogo era uma fonte de positivismo. Era um jogador que não se pode substituir por ninguém

O selecionador destacou a personalidade de Jota, que morreu em julho num acidente de viação em Espanha, ao lado do irmão André.

«Era muito próximo e preocupado em ligar-se à comunidade. Tinha a sua escola de futebol na sua terra natal. Foi um dos grandes embaixadores dos eSports de futebol. Dentro do balneário era muito humano, tinha contacto com todos. Adoravam-no. Sabia conquistar o carinho dos outros, mas para ele o futebol era muito simples: era preciso dar tudo e acreditar que se podia chegar ao sonho mais impossível. A sua carreira demonstra-o: o FC Porto, ir para o Atlético e não jogar, tornar-se uma lenda do Wolverhampton, ir para o Liverpool e ser, provavelmente, o único jogador que conseguia abrir um espaço entre Salah, Mané e Firmino… Tinha essa capacidade de tornar possível o impossível.»