Marcano despediu-se mas não disse adeus ao FC Porto
Continuar ou não no FC Porto por mais uma época está inteiramente nas mãos de Marcano. O jogador espanhol, que completou 38 anos durante o jogo contra o Al Ahly, ainda não tomou uma decisão definitiva sobre a continuidade nos azuis e brancos. Apesar de ter feito as despedidas habituais no final da temporada, limitou-se a desejar «boas férias» aos colegas de balneário. Mas não disse adeus. Marcano mantém o seu futuro em aberto. A SAD portista já demonstrou abertura para renovar o contrato do central. O defesa com mais golos na história do FC Porto (31) tem 10 épocas de ligação aos dragões, com um ano de interrupção quando assinou pela Roma, em 2018/2019, voltando na temporada seguinte.
Após uma grave lesão que o afastou dos relvados por um ano e meio e o atirou para um penoso processo de recuperação, o veterano havia inicialmente manifestado à SAD a intenção de se retirar da competição, como A BOLA deu conta. Contudo, o seu excelente desempenho desde o regresso ao ativo – com 14 jogos como titular e um golo marcado – levou a administração a considerar seriamente a possibilidade de prolongar a sua permanência no clube por, pelo menos, mais uma temporada.
A realidade é que o convite está feito e a decisão nas mãos do espanhol, o qual tem uma ligação afetiva muito grande com o clube que o formou, o Racing Santander. Aliás, disse isso mesmo no remate da dececionante participação dos azuis e brancos no Mundial de Clubes, reconhecendo que tem o FC Porto no coração, sem esquecer o emblema onde se lançou ainda muito jovem. «É sempre um orgulho defender este clube. É o meu clube. O Racing Santander é o clube da minha terra e o FC Porto é o clube do meu coração.» Talvez esse peso emocional se alinhe com as pretensões da SAD, isto porque independentemente da saída de Martín Anselmi - treinador que defendeu a continuidade do central - há um ponto em que todos estão de acordo: Marcano nunca deixará de competir ao mais alto nível, desde que se sinta capaz de o fazer.
As semanas seguintes ao regresso à competição foram um verdadeiro teste que ele próprio se impôs, e que superou com distinção. No entanto, será a opinião da família a ter um papel determinante na decisão final de Marcano.
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