Luís Pinto, treinador do V. Guimarães, procura maior consistência. Foto: Catarina Morais

Luís Pinto: «Fomos mais apáticos e não podemos permitir que isso aconteça»

Luís Pinto, treinador do Vitória de Guimarães, garantiu que o trabalho semanal consistiu na atitude competitiva, pois não pretende que se repita o que aconteceu em Alverca; técnico espera um Santa Clara organizado e não abriu o jogo sobre eventuais mudanças no onze

O Vitória de Guimarães vem de uma derrota (0-2) em Alverca, numa partida em que jogou bastante tempo em superioridade numérica. Luís Pinto não quer que essa exibição se repita.

«Tem a ver com a consistência de que temos falado, a tal capacidade que a equipa demonstrou em ser competitiva em jogos anteriores, temos de ter essa capacidade de sermos mais consistentes ao longo do tempo e sabemos que não fomos capazes no último jogo. Não fomos competentes na forma como encaramos a partida. Temos de crescer de forma constante. Não vou esconder que fomos mais apáticos e não podemos permitir que isso aconteça.»

Este sábado (20.30 horas) na 8.ª jornada da Liga, os conquistadores recebem o Santa Clara que também não começou muito bem a temporada, porém o técnico dos vimaranenses está consciente dos perigos que podem surgir por parte dos insulares.

«Esperamos qualidade do adversário que tem uma grande organização defensiva e aproveita muito bem os momentos ofensivos. Uma equipa que conhece bem as ideias do treinador e que teve sucesso num passado recente. Porém, temos de nos focar em nós e em sermos competentes ao longo do tempo, exibir uma maior maturidade para apresentarmos o que fizemos em alguns jogos, em todos. Tem a ver com aquilo que queremos ser enquanto equipa, de nos dedicarmos ao jogo de forma vincada, a conquistar duelos, primeiras bolas e segundas bolas. Ter critério, confiança e ao mesmo tempo sermos pragmáticos para estarmos constantemente a visar a baliza do adversário», explicou o treinador, de 36 anos, que ainda abordou o desenvolvimento dos seus jogadores.

«Temos muito potencial na nossa equipa, o que causa mais revolta tem a ver com a capacidade que vemos e por algum motivo não temos conseguido replicar em todos os jogos. A qualidade de jogo, o grupo que está a ser formado, faz crer que temos toda a capacidade para sermos mais competitivos do que fomos no último jogo. Temos de perceber o que é não negociável para nós enquanto clube e equipa e há determinadas coisas que temos de entregar em todas as partidas. Aquilo que sinto no dia a dia é que temos capacidade para sermos o que fomos com o Estrela da Amadora e com o SC Braga. O nosso trabalho passa por evitar ao máximo que existam esses dias menos conseguidos.»

No último encontro, a equipa não conseguiu chegar ao golo, faltando alguma criatividade na hora de alvejar a baliza oponente. O timoneiro dos vimaranenses concordou e preferiu não abrir o jogo relativamente a eventuais mudanças no onze.

«Com o Alverca temos de ter capacidade de analisar o encontro de duas formas, uma mais emocional em que tínhamos de fazer muito mais na segunda parte para ganhar o jogo, com remates, cruzamentos, tabelas e acabámos por não ter essa criatividade. No que foi o trabalho semanal preparamo-nos para que se isso acontecer novamente estarmos mais capacitados. Mas, criámos várias formas de chegar a zonas ofensivas, até houve variabilidade, faltou o critério certo e houve momentos em que podíamos ter aproveitado outras coisas. Trabalhámos isso e vamos ser mais fortes nesse aspeto. Olhar para o nosso jogo e para a organização do Santa Clara e perceber se pode entrar um ou outro jogador, também tendo em conta a parte estratégica, mas é isso que fazemos todos os jogos.»