Qualidade da média-ofensiva ficou bem patente no lance que originou o golo da avançada madeirense
Qualidade da média-ofensiva ficou bem patente no lance que originou o golo da avançada madeirense

Kika chamou por Telma, mas era preciso mais... (notas de Portugal)

Criativa lusa tentou sempre encontrar os melhores caminhos para o golo, mas apenas a avançada falou a mesma 'língua'. Ana Capeta com noite para esquecer
A melhor em campo: Kika Nazareth (6)
Merecia (muito) mais. Já tinha dado um ar da sua graça diante de Itália e agora, frente à Bélgica, foi a única que demonstrou capacidade acima da média para perfumar o jogo ofensivo nacional. Não chegou, é um facto, mas não foi por falta de tentativas da criativa tirar os seus habituais coelhos da cartola. A bola nos seus pés não 'chora' e, em simultâneo, a linha de pensamento tem sempre uma solução para cada jogada. Pena foi que apenas Telma Encarnação tenha cheirado o aroma do futebol de Kika: que passe superlativo (mais um!) da camisola 7 para o remate certeiro da avançada madeirense. Mas já era demasiado tarde para inverter o rumo...

Patrícia Morais (5) - O trabalho não foi muito, mas nada podia fazer nos lances dos dois golos das belgas.

Catarina Amado (5) - Ainda ousou algumas acelerações pelo corredor, mas sempre inconsequentes.

Diana Gomes (5) - Teve nos pés uma excelente ocasião para empatar, na primeira parte, mas claudicou.

Carole Costa (4) - Algumas falhas que até não são nada normais e erro crasso no segundo golo contrário, ao não ser lesta (nem prática) a tirar a bola de tão perigosa zona. A capitã facilitou...

Joana Marchão (5) - Tal como o resto da equipa, também a canhota subiu de produção na segunda parte. Sem conseguir, ainda assim, ganhar as devidas vantagens no último terço do terreno.

Andreia Norton (5) - Foi uma das que mais depressa conseguiu reagir à má entrada coletiva, dando ideia de que estava clarividente no miolo, mas depois foi-se apagando ao longo do jogo.

Fátima Pinto (5) - Voltou a ser o vértice mais recuado do losango da intermediária, mas acusou algumas vezes a intensidade belga, nomeadamente na primeira parte, não conseguindo estancar as transições rápidas das adversárias.

Tatiana Pinto (5) - Também podia ter dado mais uma ajuda no pior momento da equipa. Teve, no entanto, o condão de agarrar, depois, no jogo e proporcionar a subida de linhas ao coletivo, situação que proporcionou o reforço do domínio nacional na etapa complementar, com imensas chegadas à área adversária.

Ana Capeta (4) - Foi, de longe, a mais perdulária da noite negra de Sion. A avançada leonina até se mostrou, como é seu timbre, irreverente na frente de ataque, com constantes movimentos sem bola que visavam a descoberta de espaços vazios e, em simultâneo, deixavam baralhadas as marcações belgas, mas nos dois momentos decisivos de que dispôs, quando não podia falhar... falhou. E nos grandes palcos os erros pagam-se demasiado caro, como se sabe.

Diana Silva (5) - Menos intensa do que costuma ser seu apanágio. Ainda que tenha procurado fugir ao cerrado último reduto defensivo belga, raramente conseguiu posicionar-se da melhor forma para poder ser servida ao ponto de ficar na cara do golo. Quando teve ocasião para visar a baliza contrária, ainda na primeira parte e após bom lançamento longo de Joana Marchão, não conseguiu dar a força que desejaria para festejar. Viu o golo negado por Lichtfus.

Lúcia Alves (5) - A sua entrada, logo após o reatamento, foi uma das soluções encontradas por Francisco Neto para dar corpo à alteração de sistema tático. Com a benfiquista em campo e com a linha defensiva a passar de dois para três elementos, a ala direita ganhou dimensão, mas nem sempre resultados.

Jéssica Silva (5) - Tentou agitar as águas, mas com poucas ondas...

Andreia Jacinto (5) - Ajudou a estabilizar o setor intermediário.

Telma Encarnação (6) - A pergunta é obrigatória: qual a razão de não ter entrado mais cedo? Ofereceu energia à equipa e, astuta, percebeu o lance de Kika para fazer o golo do empate.

Dolores Silva (-) - Sem tempo.

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