Guardiola tentou fechar a baliza a sete chaves, mas eis que apareceu Martinelli

Três jogos da Premier League este domingo, três empates e outro a uma bola! Arsenal e Manchester City voltaram a perder pontos e o Liverpool já tem uma vantagem de cinco pontos para o segundo classificado. Porém, esta igualdade soube melhor a Arteta do que Guardiola, porque foi alcançada já na compensação, apesar de estar a jogar em casa.

Na condição de favorito, os gunners queriam responder à derrota sofrida em Anfield e mostrar que conseguem bater um candidato ao título, pelo que assumiram a posse de bola desde o início. Mesmo tendo quase 70% na primeira parte, as melhores ocasiões foram mesmo do adversário e ao intervalo já se encontravam a perder. Guardiola mudou a sua estratégia e procurou um estilo de jogo mais defensivo no Emirates, partindo para o contra-ataque, e foi assim que surgiu o primeiro golo.

Canto do Arsenal – uma das principais armas do oponente – e Haaland combinou com Reijnders, que ganhou bastantes metros e isolou o colega de equipa na cara de Raya. O norueguês não desperdiçou. Ainda no primeiro tempo, o médio ex-Milan podia ter feito o 2-0, mas o guarda-redes espanhol defendeu. O primeiro remate enquadrado dos gunners só surgiu na compensação e foi de Madueke, defendido por Donnarumma.

Arteta sentiu que a equipa precisava de uma mudança e lançou dois criativos para jogo: Eze e Saka, este último de regresso aos convocados após lesão, e o início da segunda parte foi bastante intenso, com várias oportunidades de golo criadas de forma consecutiva, mas, mesmo assim, não conseguiram chegar ao golo. Haaland também teve mais um contra-ataque em que podia ter bisado, mas, aí, a defesa do Arsenal chegou a tempo de complicar a sua finalização.

Essa vantagem durou praticamente até ao fim e Guardiola foi mesmo fechando a baliza a sete chaves. Lançou Matheus Nunes ao intervalo para render Khusanov na lateral-direita, tirou Foden por Aké aos 68 minutos para passar a jogar numa linha de cinco e aos 76' ainda substituiu Haaland por Nico González, jogando num 5-4-1, apenas com Doku na frente para os contra-ataques. Por outro lado, Arteta respondeu e tirou Timber por Martinelli, passando para uma linha a três e acabou mesmo por ser o brasileiro a evitar a derrota - já tinha sido o herói em Bilbau.

Num raro momento em que a linha defensiva do City estava mais subida, Eze apercebeu-se disso mesmo e aproveitou para picar a bola por cima dos adversários e deixar Martinelli com tudo para fazer o golo. Gvardiol ainda se aproximou, mas Donnarumma saiu da baliza para tentar evitar o remate e acabou por levar um chapéu do brasileiro. Um golaço, já na compensação, que levou o Emirates à loucura. Após o golo sofrido, a formação de Manchester ainda voltou ao ataque, mas já era tarde de mais. Um ponto para cada lado e quem ficou a sorrir foi o Liverpool.

No lado do Man. City, Bernardo Silva foi titular e capitão, mas, também pelo estilo de jogo, não teve assim tanta bola e no final da primeira parte teve alguns momentos polémicos: viu o cartão amarelo por falta dura e desnecessária sobre Gabriel, e depois teve uma picardia com Trossard – ambos mandaram a bola um ao outro. Os oponentes ficaram a pedir a sua expulsão, o que não aconteceu. Já Rúben Dias foi muito sólido defensivamente e Matheus Nunes entrou bem. Por fim, Gyokeres, ex-Sporting, apareceu poucas vezes no jogo e ficou muito aquém do desejado, a sua sorte é que Martinelli fez o golo no final.