Ginasta acusa após o Mundial: «Ameaçaram esmurrar-me até me desfigurar»
Está instalada a polémica na ginástica romena, uma das potências da modalidade.
Após a participação nos Mundiais de ginástica artística, que terminaram no passado sábado, em Jacarta, na Indonésia, a atleta Denisa Golgota apresentou uma queixa por abuso físico e psicológico por parte de elementos da seleção.
«Não esperava que me fizessem tanto mal. Não vou referir nomes, talvez um dia, porque toda a gente sabe de quem falo. Mas posso dizer que as minhas colegas me vieram dizer que a ouviram dizer que me ia esmurrar até me deixar desfigurada e eu precisar de fazer uma cirurgia plástica», revelou ao regressar à Roménia, lamentando ainda que as queixas apresentadas durante a competição aos responsáveis da federação tenham sido ignoradas.
Segundo a imprensa romena, as acusações da ginasta de 23 anos eram dirigidas a Sabrina Voinea, companheira de seleção, de 18 anos, filha da selecionadora.
E foi Camelia Voinea, a treinadora da equipa, a primeira a reagir e a negar qualquer tipo de abuso sobre as atletas.
«Isso são mentiras, fruto da frustração que ela sente porque a Sabrina é muito melhor do que ela. Incomoda-me muito essa acusação e se a Denisa não se desculpar admito tomar medidas legais. Não posso ficar quieta e deixar que digam o que querem sem ter provas para apresentar», declarou.
Refira-se que Golgota, que regressava à competição depois de lesão - ela que em 2018 conquistou duas medalhas nos europeus - teve o melhor resultado pessoal no exercício de solo, no qual ficou no 7.º lugar, três lugares atrás de Sabrina Voinea, que foi quarta.