FC Porto foi derrotado na época passada por 3-1 (foto: MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA)

FC Porto: uma casa com fantasmas que Farioli pretende assustar

Nas últimas duas deslocações ao terreno do Gil Vicente, azuis e brancos não conseguiram vencer. Em janeiro a derrota ditou o despedimento de Vítor Bruno e houve empate em 2023/2024 com Conceição

A próxima jornada do FC Porto é em Barcelos, frente ao Gil Vicente, num terreno onde os azuis e brancos não vencem há quase três anos. Após a boa entrada no campeonato, com vitória convincente frente ao Vitória de Guimarães, o FC Porto prepara-se para se deslocar a um terreno que, nos últimos anos, tem sido obstáculo inultrapassável. Amanhã, pelas 20h15, os azuis e brancos têm novo teste para o campeonato, em casa do Gil Vicente, onde já não vence desde 2022.

É preciso voltar à jornada 5 do campeonato 2022/23 para relembrar o 2-0 do FC Porto em Barcelos. Mehdi Taremi, aos 41’, e Galeno, três minutos depois, fizeram os golos da vitória portista. Desde então, muito mudou neste FC Porto. Dos onze que começaram a partida, só Diogo Costa e Pepê ainda defendem o emblema do Dragão. E o treinador, que era Sérgio Conceição, já saiu, deu espaço a mais dois técnicos sem sucesso. Farioli tenta fazer o que tão caro custou a Vítor Bruno e que Martín Anselmi nem teve hipótese de tentar. Continuemos com o FC Porto ainda de Sérgio Conceição, que, a 25 de fevereiro de 2024, acabou por desperdiçar a oportunidade de se aproximar do então líder Sporting, que, horas mais tarde, empatou 3-3 com o Rio Ave. Em casa do Gil Vicente foram os azuis e brancos a chegarem à vantagem, graças a golo de Evanilson. Tudo parecia correr de feição aos visitantes, mas Thomas Luciano saltou do banco aos 88’ e, seis minutos depois, fez o 1-1 final. Foi, na altura, o segundo jogo sem vencer do FC Porto nos últimos três que havia feito frente aos galos, que tinham vencido no Dragão 364 dias antes, por 2-1.

A 19 de janeiro deste ano, o FC Porto teve nova hipótese de conseguir vencer em Barcelos. Muito havia mudado. Já não havia Pepe, Evanilson ou Francisco Conceição em campo, Pinto da Costa já não era presidente e Sérgio Conceição não era treinador. Era sim Vítor Bruno, que havia assumido o comando do FC porto e que, depois de quatro vitórias consecutivas para fechar 2024, começou 2025 da pior maneira: foi eliminado pelo Sporting nas meias-finais da Taça da Liga, perdeu com o Nacional por 0-2 e, a 19 de janeiro, o golo de Gonçalo Borges ao minuto 48 não foi suficiente para compensar os de Pablo Felipe, aos 11’, Josué Sá, aos 53’, e Félix Correia, aos 90’+4. À chegada ao Dragão, a comitiva do FC Porto foi recebida com muitos protestos e, quando a direção azul e branca e Vítor Bruno saíram do estádio, este já não era o treinador principal.

O treinador principal agora é Farioli, que começou o campeonato a vencer (e a convencer) frente ao Vitória de Guimarães. Mas o mesmo pode ser dito do Gil Vicente, que teve prestação positiva e somou três pontos em casa do Nacional. Uma partida que vale três pontos, mas que, para o FC Porto, vale o fim de uma malapata.

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