Evan Ferguson, avançado da Irlanda
Evan Ferguson, avançado da Irlanda - Foto: IMAGO

Duelo intenso e polémico em Dublin deixa Portugal como líder isolado

Irlanda recuperou de dois golos de desvantagem na receção à Hungria e conseguiu conquistar um ponto na compensação, graças a um golo validado pelo VAR e superioridade numérica na segunda parte

Portugal é líder isolado do Grupo F! Depois da goleada lusa na Arménia (5-0), a Irlanda e a Hungria, os outros dois adversários da Seleção Nacional, entraram em campo em Dublin este sábado e protagonizaram um jogo bastante intenso (e também polémico) com emoção até ao fim!

Os húngaros estiveram a ganhar por dois golos ao intervalo, mas os irlandeses responderam na segunda parte e conseguiram salvar um ponto, já na compensação e em superioridade númerica. No entanto, ficaram dúvidas sobre o primeiro golo da equipa da casa.

A seleção orientada pelo italiano Marco Rossi não podia ter pedido um melhor arranque e marcou no primeiro remate do jogo, logo aos dois minutos: após muita luta pela posse de bola, Styles atirou a bola para a grande área e Vargas reagiu bem, abrindo o marcador apesar de ainda ter sido empurrado pelo adversário.

Não demorou muito até surgiu o segundo e foi de canto, em cima do primeiro quarto de hora. Szoboszlai, que tinha brilhado em Anfield no último jogo com um espetacular livre direto ao Arsenal (1-0), voltou a mostrar que é um perito em bolas paradas e cruzou para o cabeceamento exímio de Sallai. Kelleher não teve hipóteses em ambos os lances. Os forasteiros foram superiores no primeiro tempo, especialmente no início do jogo, mas os irlandeses também tiveram as suas oportunidades. Porém, desperdiçaram e Dibusz também fez defesas interessantes.

Na segunda parte, o paradigma mudou rapidamente e bastaram apenas quatro minutos para os visitados reduzirem. Novamente de bola parada, Dibusz defendeu o livre direto de Manning, mas não conseguiu evitar o golo de Evan Ferguson segundos depois. No entanto, a Hungria ficou a pedir a intervenção do VAR, isto porque Nathan Collins, que acaba por assistir de cabeça o avançado da Roma, emprestado pelo Brighton, terá feito falta sobre o defesa adversário. Harm Osmers esperou mesmo pelo VAR, mas a decisão final da equipa de arbitragem acabou mesmo por ser… golo válido.

Frustrado com a decisão, Sallai, autor do segundo golo, perdeu momentaneamente a cabeça e foi expulso… segundos depois do recomeço da partida. Num momento inicial, o jogador do Galatasaray foi agarrado por Cullen, que o impediu de ir à bola e pressionar mais à frente, e depois acabou por ir para cima de O’Shea e dar-lhe uma cotovelada na barriga. O árbitro alemão não teve dúvidas e mostrou-lhe imediatamente o cartão vermelho, dando esperanças aos adeptos nas bancadas.

O momento em que Sallai viu o cartão vermelho direto (Imago)

A partir daí, a Hungria defendeu e procurou sair em contra-ataque em alguns momentos, mas esbarrou sempre em Kelleher. Os irlandeses tentaram fazer o golo de todas as formas e feitios, mas a sua principal arma era o jogo aéreo, que também era uma das forças do oponente, pelo que essa estratégia demorou até surgir efeito... só mesmo no tempo de compensação. Com mais um em campo, Hallgrímsson deu o tudo por tudo e lançou vários atacantes, mudando para apenas uma linha de três na defesa, e foi precisamente um suplentes utilizados que marcou: Adam Idah.

Em mais um cruzamento de Manning, o avançado do Celtic saltou mais alto do que os adversários e cabeceou de forma espetacular para o fundo das redes, deixando o guarda-redes sem reação e provocando a euforia nas bancadas do Estádio Aviva. Os irlandeses ainda tentaram aproveitar esse momento para chegar ao terceiro, mas já não havia tempo e ficaram satisfeitos com o ponto alcançado, antes da deslocação à Arménia. Já os húngaros recebem Portugal, líder isolado do grupo, na terça-feira.