Duarte Gomes analisa lances polémicos e destaca falta de experiência dos árbitros
Duarte Gomes analisou dez lances capitais de duelos da sexta jornada da Liga e da Liga 2 e da terceira jornada da Liga BPI na estreia do programa sobre arbitragem livre arbítrio, no canal 11.
Sporting - Moreirense, 3-0
Duarte Gomes elogiou Hélder Carvalho pela «colocação» e «celeridade» na tomada de decisão «tecnicamente pacifica» de Hélder Carvalho no lance disputado entre Landerson e Francisco Trincão, aos 76', que precipitou a marcação de um penálti a favor dos leões. O Diretor Técnico Nacional da Arbitragem destacou o posicionamento do jovem árbitro: «A proximidade não deve ser excessiva, nunca menos que dez metros. Acompanhou o processo da jogada, não deixa dúvidas. Podia ter sido salvo pelo VAR, mas decidiu sozinho.»
Duarte Gomes reforçou os elogios a Hélder Carvalho ao analisar o segundo penálti assinalado a favor dos leões em casa diante do Moreirense, após Marcelo ter travado Trincão aos 89'. O diretor técnico considerou que se tratou de uma decisão «que não deixa dúvidas».
Aves SAD-Benfica, 0-3
Duarte Gomes analisou a decisão tomada por Bruno Costa após Devenish travar Pavlidis, que seguia isolado, aos 77'. O dirigente considerou que houve 'corte na bola» seguido de uma «entrada a varrer por trás». Desta forma, o árbitro da AF Viana do Castelo devia ter assinalado falta e admoestado o defesa central colombiano com cartão amarelo.
Para Duarte Gomes, Devenish não devia ter sido expulso, apesar de Pavlidis seguir isolado para a baliza pois «o cortw desviou a trajetória da bola». O drigente lamentou o facto do VAR não poder agir para alertar o árbitro em situações de cartão amarelo por mostrar: «Deviam poder intervir, um dia falamos sobre isso.»
Rio Ave - FC Porto, 0-3
Duarte Gomes analisou o primeiro golo marcado pelos dragões, por intermédio de Pablo Rosário, na sequência de um pontapé de canto. O posicionamento de Alan Varela, que atrapalhou o guarda-redes Miszta durante todo o lance, mereceu a apreciação do dirigente: «O Varela tem um comportamento inicial que não deve a forçar o guarda-redes a empurrá-lo. Mas o guarda-redes vê a trajetória da bola e o jogador não afetou claramente o lance.»
O Diretor Técnico Nacional da Arbitragem destacou a necessidade da uniformizar as decisões tomadas em relação a determinados lances, como a mão na bola. Para o dirigente: «nem sempre um braço que toca numa bola configura uma infração».
Duarte Gomes explicou ainda que determinadas decisões mais polémicas podem ter origem na inexperiência dos árbitros: «Cerca de 40% dos árbitros tem menos de 3 anos na primeira categoria e 25% tem menos de dois. Cerca de 30% dos VAR começaram este ano. São muitos jovens, há dores de crescimento, falta carimbo tático que vão aprendendo só com jogos e quilómetros.»