«Dois anos de horror: insónia, depressão... pensei em terminar a carreira»

Desde 2020 a jogar ao mais alto nível na Premier League, Soucek abriu (literalmente) o livro sobre as dificuldades que tem passado nos últimos dois anos, a nível pessoal, de saúde mental, e, numa autobiografia, admitiu mesmo que tem sofrido de depressão e insónias, o que o levou quase a terminar a carreira, antes dos atuais 30 anos.

«Dois anos de horror. Durante muito tempo, tive vergonha de falar sobre isso. Até com os meus pais, até eu decidir escrever a minha confissão, não faziam ideia de que algo de mau estava a acontecer. Algo que me incomodava tanto que pensei em acabar com a minha carreira», começou por escrever, afirmando que isto foi mais complicado do que qualquer tipo de lesão.

«Insónia. Depressão. Medo do futuro. Não acreditas, pois não? Também não compreendo muito bem, olhando para trás. Onde outros não se atrevem a pôr os pés por medo da dor, eu salto de cabeça. Não consigo contar as cicatrizes no meu corpo, termino os jogos com a cabeça enfaixada, mas isto magoou a minha alma», atirou, revelando que jogava sem conseguir dormir na noite anterior.

«No início, era apenas um pouco irritante, mas depois de alguns meses tornou-se insuportável. Eu estava no fundo do poço, entrava em todas as lutas sem dormir. Todas as lutas! Consegue imaginar? Eu tinha medo do fracasso, medo das reações, medo de tudo», explicou, garantindo que já está melhor e que a sua celebração é o demonstrar de ter ultrapassado essa fase.

«Ao tentar mil maneiras de sair dessa situação, eu afundava cada vez mais na lama. De jogo em jogo, concentrava-me principalmente em não dormir, o que na verdade me perturbava duplamente. E foi por isso que o helicóptero foi criado, a minha comemoração de golo. Começo a girar ligeiramente e a apreciar a sensação de descolar», finalizou.

Siga o perfil de A BOLA no Google.