Jurgen Klopp e Diogo Jota
Jurgen Klopp e Diogo Jota

«Diogo Jota ainda me faz sorrir de orelha a orelha. É uma contradição estranha»

Testemunho tocante de Jurgen Klopp ao jogador que trouxe para o Liverpool em 2020

Através do jornal inglês The Observer, Jurgen Klopp escreveu um editorial dedicado a Diogo Jota, que o faz recordar três palavras em concreto: «Afeto. Apreço. Amor.»

O treinador alemão admitiu que, ao saber do fatal acidente que vitimizou Diogo Jota e André Silva, questionou a sua própria fé religiosa. «Parecia algo tão cruel. Um daqueles momentos em que mesmo as pessoas que acreditam num propósito maior, num significado superior – como eu acredito, como o Diogo acreditava – se poem a fazer perguntas», revelou.

A aceitação foi complicada para Klopp. «Porquê o Diogo? Porquê agora? Porquê assim? Ainda acredito, mas um momento como este põe essa crença à prova. A única forma de conseguir entender isso, mesmo que só um pouco, é agarrando-me à verdade de que uma grande dor é o preço que pagamos por um grande amor», reflete. E para Klopp, o amor de Jota estava sempre presente.

«Ainda sorrio sempre que digo ou ouço o nome dele. Sinceramente, ele faz-me sorrir de orelha a orelha. É uma contradição estranha», admite, «eu sei, que pensar no Diogo me faça feliz, porque perdê-lo, e perdê-lo da forma como perdemos, é impossível de entender».

Precisava de alguém que marcasse golos importantes, mas que também animasse o balneário

Klopp recordou os motivos que o levaram a contratar Diogo Jota ao Wolverhampton em 2020.

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«Quando olhei para o Liverpool em 2020, pensei: «Precisamos deste jogador.» Não só pelo seu futebol, mas também pelo seu caráter. Precisava de alguém que marcasse golos importantes, mas que também animasse o balneário, elevasse o nível e aproximasse o grupo. Foi exatamente isso que aconteceu. Lembro-me com carinho do efeito que ele causou quando entrou para a equipa. Foi melhor do que poderíamos esperar.»

Por fim, Klopp admitiu que embora se lembre «do futebolista com enorme orgulho, é a pessoa» que mais recorda. «Mas o mais bonito é que ambas as versões dele partilhavam as mesmas qualidades», cimenta.