Bino Maçães: «Cometemos alguns erros que nos custaram caro»
A precisar de pelo menos o empate para garantir o primeiro lugar do grupo no Mundial sub-17, Portugal perdeu diante do Japão em Doha, por 1-2, este domingo, e terminou em segundo lugar, sendo que já tinha o apuramento direto garantido para a fase a eliminar.
Bino Maçães, selecionador luso, lamentou o desaire e destacou os erros em ambos os golos sofridos. «Sabíamos que ia ser um jogo difícil, tínhamos falado desde o primeiro momento e tínhamos preparado os jogadores para essa missão. Um Japão muito agressivo na reação à perda da bola, e depois cometemos alguns erros que nos custaram caro na primeira parte», começou por dizer, no final do jogo, criticando também a equipa de arbitragem.
«No entanto, controlamos totalmente a segunda parte e poderíamos ter feito a igualdade, acabando por beneficiar da vantagem numérica. O Japão fez cerca de 18 faltas sem receber qualquer cartão amarelo, o que nos criou diversas dificuldades», explicou, passando a palavra a Rafael Quintas.
«Estávamos à espera desta entrada do Japão, sabemos que são uma equipa muito pressionante, criaram-nos muitas dificuldades, mesmo que tenhamos dominado a posse de bola, conseguiram criar dois golos depois de duas falhas nossas na construção. Na segunda parte foi totalmente diferente, cometemos menos erros, encostamos a equipa japonesa e conseguimos fazer um golo muito importante ainda que o segundo não tenha surgido, mas creio que estivemos bem, é assim o futebol», disse o capitão.
«Tornamos a construção mais simples [no segundo tempo], conseguimos explorar as costas do adversário, e conseguimos ter mais sucesso na concretização de oportunidades, o que acabou por ser benéfico para nós. Queríamos passar em primeiro como é óbvio, mas conseguimos enfrentar qualquer adversário e estamos prontos para o que aí vem», acrescentou.
Já Zeega, autor do único golo luso no encontro, afirmou que preferia a vitória. «É um golo que sabe a pouco, não fico contente porque uma derrota custa sempre. Vamos encarar todos os jogos como uma final, a cada jogo que passa, porque este grupo é assim, são uma equipa muito unida», garantiu.
Por fim, falou também Martim Chelmik. «Neste momento, é uma sensação de tristeza por não termos conseguido o principal objetivo que era a vitória de hoje, mas é importante focar nos já no próximo jogo. Sabíamos que ia ser um jogo muito complicado, sabemos os seus pontos fortes e tentamos explorá-los, mas na segunda parte, visto que na primeira parte cometemos alguns erros. Agora é momento de olhar para o próximo encontro», finalizou.