João Simões entrega a bola a José Bessa (Foto Catarina Morais/Kapta+)
João Simões entrega a bola a José Bessa (Foto Catarina Morais/Kapta+)

Arbitragem de Tondela com alguns 'pecados' disciplinares: a análise de Pedro Henriques

Pedro Henriques, especialista de A BOLA, considera que num jogo de grau de dificuldade baixo, José Bessa acertou nos lances de potencial penálti, mas na amostragem de cartões nem sempre esteve bem

31' — Cartão amarelo. Entrada de Pedro Maranhão sobre Maxi Araújo já sem a bola lá estar. O jogador do Tondela acertou com a sua coxa direita na zona da anca do jogador uruguaio leonino. Por ser sem bola, fora de tempo e com negligência justifica-se a advertência.

45' — O árbitro não deu tempo adicional, recuperação de tempo perdido, mas com a mostragem de dois cartões amarelos durante o primeiro tempo, justificava-se pelo menos que se tivesse jogado mais um minuto.

Positivo
Os lances de área todos bem interpretados; as poucas faltas assinaladas (24) e o tempo útil de jogo (60%).

55' — Cartão amarelo. João Simões chega primeiro à bola tocando nesta com o pé esquerdo, sendo que Cícero, o médio brasileiro do Tondela, chega tarde, fora de tempo, e com o calcanhar direito pisa o jogador leonino. Uma entrada negligente passível de advertência.

66' — Bola ao solo. A lei 9 (a bola em jogo e fora do jogo) na sua página 95, destaca o que o arbitro deve fazer uma bola ao solo quando o esférico bate nele em três situações; e uma delas foi a que se verificou neste lance. A bola estava na posse de João Simões e depois bateu/tabelou no pé do árbitro e voltou de novo para João Simões e com isto os leões tiraram uma vantagem na forma com que foram na direção da área do Tondela, tecnicamente esta situação designa-se por «uma equipa inicia um ataque prometedor» e foi por isto que o árbitro interrompeu o jogo e recomeçou com bola ao solo para o Sporting.

72' — O cartão amarelo mostrado a Iván Fresneda é porque o árbitro entendeu que durante a mesma jogada o defesa espanhol leonino foi persistente na forma como foi fazendo falta sobre Yarlen, e com esta ação continua impediu que o avançado brasileiro tondelense fosse na direção da área leonina cortando desta forma um ataque prometedor.

82' — Faltou cartão amarelo. Fotis Ioannidis, ao saltar ao esférico para cabecear a bola acaba por de forma deliberada e muito negligente acertar com o braço direito na cara de Yaya Sithole. O local do contacto é fora da área. Livre direto e amarelo por mostrar. 

90' — O árbitro deu quatro minutos de tempo adicional, que é pouco para as incidências do segundo tempo, nomeadamente um golo, dois amarelos e sobretudo as cinco paragens para substituições onde entraram oito jogadores.

Negativo
Gestão disciplinar deficiente, a colocação no terreno de jogo e o tempo adicional dado no final de ambas as partes, sempre escasso.

90+4' — Não há infração para pontapé de penálti quando Maviram interceta a bola com o ombro esquerdo apôs o cruzamento efetuado por Iván Fresneda no corredor direito do ataque leonino. Para esclarecimento de destacar o que a lei 12 (faltas e incorreções) na sua página 110 diz sobre a zona do braço onde se considera para punição: «… com a finalidade de determinar com clareza as infrações de mão na bola, o limite superior do braço coincide com o ponto inferior da axila …», ou seja, é o fim da axila projetado para o braço que determina a linha que separa a infração da não infração.

A nota do árbitro: 6

Veja o resumo da partida: