Mais um remate de Luis Suárez (FOTO: CATARINA MORAIS/KAPTA+)
Mais um remate de Luis Suárez (FOTO: CATARINA MORAIS/KAPTA+)

Luis Suárez é fixe, mas Catamo e Pedro Gonçalves também (as notas do Sporting)

Colombiano marcou golaço e só não marcou mais alguns porque Bernardo Fontes esteve em noite soberba. Moçambicano esteve bem no jogo vertical e o português assistiu para o 1-0 e marcou o 2-0
(7) Luis Suárez
Um golo é pouco para aquilo que jogou e para aquilo que fez jogar. Começou por estar envolvido, aos 2’, na jogada de potencial golo de Pedro Gonçalves, ganhando o ressalto que colocou a bola no 8 dos leões. O ponto alto surgiu aos 19’, recebendo a bola de Pedro Gonçalves, trocando as voltas a dois defesas do Tondela e rematando rente ao poste esquerdo, para o primeiro golo. Depois, seguiram-se múltiplas oportunidades de golo em que, sejamos justos, o colombiano fez quase tudo bem. O problema de Suárez não foram os seus remates, foi ter na baliza do Tondela um gigante de 1,96 metros chamado Bernardo Fontes. O brasileiro bateu o recorde de defesas na Liga e impediu que o 3-0 se transformasse, através de Suárez, num 4-0, 5-0 ou 6-0. Aos 33’, ofereceu o golo a Pedro Gonçalves, com este a desviar de calcanhar, mas Fontes apareceu a desviar para canto. Suárez, como Mário Soares em 1986, foi fixe, mas Catamo e Pedro Gonçalves também...

(6) Rui Silva - Noite sossegada, como sossegada foi a noite do leão. Viu uma bola na barra, sim, mas havia fora de jogo. Mais tarde, em cima do intervalo, realizou a única defesa com algum grau de dificuldade, parando um remate forte e colocado de Maranhão.

(6) Fresneda - Exibição bem equilibrada. Defendeu bem e atacou com algum perigo, sobretudo na segunda parte, quando cruzou milimetricamente para os pés de Suárez. Parece estar um passo à frente de Vagiannidis na luta pela titularidade no lado direito da defesa.

(6) Diomande - Está a ganhar ritmo e nada melhor para isso do que não ter trabalho excessivo. Não cometeu erros defensivos, serviu de 112 nas escassas vezes em que o Tondela tentou criar perigo e teve, logo a abrir o jogo, oportunidade de marcar de cabeça, após um canto da direita, com a bola a sair um pouco ao lado.

(6) Gonçalo Inácio - Com a equipa sempre em cima do adversário, teve noite tranquila. Fez alguns bons passes de meia distância, mas não era um jogo para se destacar.

(6) Maxi Araújo - O Maxi de sempre. Não deixa um pingo de suor no corpo, quer a defender, quer a atacar. A abrir a segunda parte podia ter chegado ao golo, mas, como quase sempre ao longo dos 90 minutos, o guarda-redes do Tondela evitou que a sua baliza fosse violada.

(6) Hjulmand - Parece mais fresco do que nos últimos jogos. A oposição não era de altíssimo nível e, assim, o dinamarquês partiu para uma exibição serena e segura, sem qualquer erro. Iniciou a jogada do primeiro golo, colocando a bola em Pedro Gonçalves.

(6) João Simões - Manutenção surpreendente no onze inicial, não por não ter valor para isso — claro que tem —, mas porque se esperava que Morita fosse titular; o japonês estava indisponível para o jogo por ter sofrido um ligeiro problema de saúde.

(7) Geny Catamo - Entrou muito bem no jogo e assim se manteve até sair para a entrada de Quenda. Muito vertical, indo para cima dos adversários diretos e procurando a linha de fundo, embora, por vezes, optasse pelo jogo interior. Teve um remate muito perigoso, em arco, a abrir o jogo, para mais uma grande defesa de Bernardo Fontes. Muito interessante ainda a forma como, aos 36’, espoletou a jogada que permitiu a Suárez um remate perigoso e mais uma grande defesa do guarda-redes do Tondela.

(6) Francisco Trincão - Mostrou-se intermitente ao longo dos 90 minutos, passando por períodos de aparente apatia para, de repente, pegar na bola e criar perigo junto da área adversária. Teve um remate perigoso ao minuto 17 e faria a assistência para o 2-0 de Pedro Gonçalves.

(7) Pedro Gonçalves - Golo e assistência e, tal como Trincão, alguma intermitência. Porém, ainda como o esquerdino, se estivesse os 90 minutos ao mais alto nível não jogaria em Portugal. Falhou golo aos 84 segundos, no frente a frente com Bernardo Fontes, mas percebeu-se ao longo do jogo que não foi Pedro Gonçalves que falhou, antes o guarda-redes, que teve aí a primeira de uma série quase infindável de grandes defesas. Muito boa abertura para o remate fatal de Suárez no 1-0 e depois, no 2-0, jogada típica de Pedro Gonçalves, passando por dois adversários, dando a sensação de que iria perder a bola e, de repente, remate fulminante de pé esquerdo. Golo à Pedro Gonçalves. Tal como foi à Pedro Gonçalves o belo desvio de calcanhar, pouco depois de meia hora, que quase dava golo.

(5) Ioannidis – Substituiu Luis Suárez e até esteve perto de marcar, mas chegoum ligeiramente atrasado à bola.

(6) Quenda – Pouco mais de 20 minutos em campo. Tentou diversas vezes o 1x1, em que é exímio, e marcaria, de cabeça, o terceiro golo. Boa abertura ainda para Fresneda criar algum perigo na direita.

(6) Matheus Reis – Entrou ao minuto 85 e ainda teve tempo para um cruzamento soberbo, ligeiramente em arco, para Quenda fazer o 3-0 final.

(6) Alisson – Cinco minutos em campo e ainda bastante influência no resultado, iniciando a jogada que estaria na origem do 3-0. Ganha cada vez mais espaço na equipa leonina, embora, para já, quase sempre saltando do banco.

(-) Kochorashvili – Esteve na jogada do 3-0, recebendo a bola de Alisson e colocando-a em Matheus Reis, que cruzaria para o golo de Quenda.