Amorim: «Dizem que não duro até ao Natal e os adeptos continuam a apoiar-me»

O Manchester United alcançou neste domingo uma vitória tão importante como moralizadora frente ao Liverpool, com um golo marcado por Harry Maguire aos 84 minutos.

No final, comunhão da equipa com os adeptos, perante um triunfo sobre o maior rival, foi notória. E Ruben Amorim não escondeu o orgulho que continua a receber, até pelo contexto que a equipa tem vivido e os prognósticos regulares sobre o futuro próximo dele.

«Não é normal e é algo difícil de encontrar este apoio. Tantos maus momentos da equipa e os adeptos estão sempre a apoiar o treinador, quando todos vocês [jornalistas] continuam a dizer que ele vai ser despedido até ao Natal», elogiou, sorridente.

O triunfo aumentou a confiança geral na equipa, mas Amorim pede pés no chão e mantém o discurso do «pensar no próximo jogo».

Questionado sobre o que pode conseguir a equipa nesta época, o treinador português fez um pedido aos jornalistas, embrulhado em sorrisos.

«Eu quero que vocês continuem com a narrativa que têm tido. Isso é o melhor para mim. Não vou aumentar o objetivo da época agora. Continuem com o mesmo discurso, por favor», começou por dizer, recordando o contexto do clube.

«Aquilo que precisamos agora é somar a terceira vitória consecutiva. Esqueçam o top-4, ou o top-6. Já dissemos que precisamos de ir às competições europeias, mas este jogo não muda nada. Somos exatamente a mesma equipa que éramos há 90 minutos. A forma como as pessoas veem a equipa é diferente, mas somos exatamente a mesma equipa, com muito para fazer», acrescentou.

No mesmo sentido, Amorim diz não ter como saber se já acabou a tempestade que tem perseguido a equipa.

«Não faço ideia. Digo sempre o mesmo: se mostrarmos o espírito que demonstrámos aqui, nos treinos e nos jogos, vamos ganhar muitos jogos. Mas para isso precisamos de agir. Não vale a pena falar sobre a tempestade, estar sempre a recordar a época passada. Vivemos um bom momento, vamos aproveitar e amanhã começar a preparar o Brighton», resumiu.