Amorim defende nova posição de Bruno Fernandes: «Estou a tentar coisas diferentes...»

Ruben Amorim defendeu a decisão de colocar Bruno Fernandes numa posição mais recuada do meio-campo do Manchester United, algo que fez frente ao Manchester City pelo quarto jogo consecutivo.

Fernandes joga mais recuado desde as contratações de Matheus Cunha e Bryan Mbeumo, que ocupavam as duas posições de médio ofensivo atacante antes de Cunha se lesionar há duas semanas.

Para o jogo no Itihad, Amorim escolheu Diallo para jogar ao lado de Mbeumo e atrás de Benjamin Sesko, enquanto o português jogou ao lado de Manuel Ugarte - já tinha jogado com Casemiro.

«Malta, eu entendo como funciona o futebol», disse Amorim. «Os resultados vão ditar todas as narrativas. Quem jogou contra o Arsenal? Acham que jogámos bem, que fomos a melhor equipa? Acham que (Martin) Odegaard, (Declan) Rice e (Martin) Zubimendi são três médios de topo? Eles jogam com três. Nós jogamos com dois. Um era o Casemiro, o outro era o Bruno», começou por explicar depois da derrota por 0-3 no Etihad.

«Às vezes depende da dinâmica da equipa ou é uma oportunidade que se aproveita. Eu vejo dessa forma. Sei que é muito difícil para as pessoas compreenderem. Os adeptos não querem ouvir-me dizer estas coisas, sei que não vão ligar e vão ficar chateados. Quanto a isso, não posso fazer nada», justificou ainda.

«Estou a tentar ser racional e não mentir a mim mesmo. Vejo o histórico, entendo a frustração de todos e entendo qualquer decisão que tenha surgido com isso. Mas essa conversa sobre os dois médios...  Hoje, quando imagino o jogo, por que não usar Amad, Bryan, Sesko e Bruno atrás com a bola? Para ser o primeiro a receber a bola e depois com muito ritmo à frente. Estou a tentar fazer coisas diferentes, a tentar imaginar o jogo. E depois, quando não se ganha, não funciona, aceita-se as críticas. É assim mesmo.»

O United soma apenas quatro pontos nos primeiros quatro jogos da Premier League, o pior início de temporada desde 1992-93.